Política
Deflagrada em março deste ano, a operação investiga um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras com empresas privadas e de desvio e lavagem de dinheiro da estatal petrolífera
Continua depois da publicidade
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse hoje (16) que as investigações da Operação Lava Jato vão contribuir para aperfeiçoar os mecanismos contra a corrupção, tornando o Brasil mais transparente. Deflagrada em março deste ano, a operação investiga um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras com empresas privadas e de desvio e lavagem de dinheiro da estatal petrolífera.
“Esse é um processo de melhoria para o Brasil em termos de transparência e da redução do suborno e da corrupção”, enfatizou Andrade, durante a divulgação do Informe Conjuntural Anual, estudo da CNI com um balanço da economia brasileira este ano e previsões para 2015.
Continua depois da publicidade
Andrade destacou que os reflexos da descoberta de irregularidades em vários contratos e das acusações contra dirigentes da estatal podem causar impacto negativo na economia brasileira – justamente em um ano “difícil e duro”, dado o quadro de estagnação econômica e de deterioração de vários indicadores econômicos. Mas disse também que é uma oportunidade, caso o país consiga encontrar formas de apurar e punir eventuais irregularidades sem paralisar obras e serviços.
“Muitos grandes países têm passado por situações semelhantes e até piores. Acho que nós, certamente, vamos sair melhores deste processo. O que muito nos preocupa é como as empresas [envolvidas] responsáveis por inúmeros projetos de infraestrutura vão dar continuidade aos seus projetos”, disse o presidente da CNI, destacando que a entidade defende a apuração da denúncia e a responsabilização de eventuais culpados.
Continua depois da publicidade
“Temos que encontrar soluções para que as empresas possam continuar trabalhando. As obras de infraestrutura que estão sendo feitas por essas empresas não podem ser paralisadas [sob pena de prejuízo ainda maior]. É preciso encontrar mecanismos que permitam que isso aconteça em condições diferentes daquelas que tinham sido inicialmente pactuadas”, concluiu Andrade.