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O magnata da confeitaria Petro Poroshenko tornou-se o quinto presidente da Ucrânia na cerimônia inaugural de seu governo realizada neste sábado. Poroshenko prometeu, em seu discurso, acabar com a rebelião separatista pró-Rússia, que já deixou centenas de mortos no leste do país e que ameaça levar a Ucrânia a uma guerra civil.
"Eu não quero guerra. Não luto por vingança", disse o presidente após a cerimônia de juramento no parlamento ucraniano. Bilionário de 48 anos, Poroshenko disse chegar ao governo com objetivo de "preservar a unidade da nação". Em seu discurso, Poroshenko tentou uma aproximação com ucranianos da região de Donbas (abreviatura de Bacia do Donets), de etnia russa, onde rebeldes armados declararam repúblicas separatistas independentes, em alguns casos chegando a pedir para se tornarem parte da Rússia.
O presidente apresentou o que chamou de um plano para a região de Donbas. Ele prometeu maior autonomia à região, em uma iniciativa de descentralização, mas disse que o país não se tornará uma federação. Poroshenko garantiu ainda anistia para os moradores que não participaram de atos violentos contra soldados ucranianos ou contra civis.
Poroshenko prometeu visitar em breve a região, mas recusou qualquer processo de negociação com líderes do movimento separatista. "Nós não vamos falar com os bandidos", disse o presidente. "Os legisladores locais hoje já não representam ninguém. Estamos preparados para convocar eleições regionais de emergência em Donbas", completou.
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A habilidade de Poroshenko em conseguir liderar o país para um caminho de paz, resgatar a economia e direcionar a Ucrânia para a Europa vai determinar o sucesso dele à frente da presidência. O desafio vem em meio à pior crise da história independente da Ucrânia, que tem colocado os Estados Unidos e a Europa contra a Rússia e conduzido o mais vasto abismo entre Washington e Moscou desde os tempos da Guerra Fria. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participou da cerimônia.
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