Continua depois da publicidade
Após seguidos alarmes falsos e prazos descumpridos, a população do Haiti enfim votou, neste domingo (9), nas eleições legislativas do país.
O pleito é um teste para a democracia de uma nação pobre e com histórico de golpes militares, que ainda não se recuperou totalmente dos estragos deixados pelo terremoto de 2010 e de suas sucessivas crises políticas.
Após as eleições marcadas para 2011 e 2014 terem sido canceladas, o Parlamento haitiano foi dissolvido em 12 de janeiro deste ano.
Desde então, estão vazias as 99 cadeiras da Câmara dos Deputados haitiana, e o Senado conta somente com 10 de seus 30 membros.
Continua depois da publicidade
O presidente do país, Michel Martelly, que não pode concorrer à reeleição, tem governado por decretos.
Mais de 1.800 candidatos de dezenas de partidos disputam todas as vagas da Câmara e 20 no Senado. Os resultados devem ser divulgados em até dez dias.
Continua depois da publicidade
O segundo turno está marcado para 25 de outubro, mesmo dia do primeiro turno da eleição presidencial.
O Haiti, nação caribenha de cerca de 10 milhões de habitantes, se esforça para construir uma democracia estável há décadas, desde o fim da ditadura da família Duvalier (1957-1986).
Após esse período, o país conviveu com as turbulências provocadas por golpes de Estado e fraudes eleitorais.
Continua depois da publicidade
O terremoto de janeiro de 2010 destruiu uma área extensa da capital, Porto Príncipe, incluindo o palácio presidencial, e deixou centenas de milhares de mortos.
Desde 2004 o Brasil chefia uma missão de paz das Nações Unidas no país.
Devido a tantos percalços, o pleito que começou no domingo está sendo encarado com expectativa.
Continua depois da publicidade
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em nota oficial, disse que "essas eleições tão esperadas constituem um marco importante para a democracia no Haiti".
Continua depois da publicidade