PMDB anuncia apoio a Paulo Alexandre

A executiva municipal provisória do PMDB de Santos confirma o apoio à tentativa de o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) de se reeleger, em 2016. O apoio peemedebista ao tucano vinha sendo comentado nos bastidores e foi confirmado ao Diário do Litoral pelo presidente do PMDB, o advogado Ronaldo Ferreira.

Chefe do gabinete da Presidência da Câmara de Santos, Ronaldo foi escolhido para dirigir a legenda no Município pela executiva estadual, após a morte de Marcus De Rosis, que presida a Câmara de Santos e também o PMDB santista.

A inclinação peemedebista à pré-candidatura de Paulo Alexandre Barbosa afastou membros históricos do PMDB, como o ex-secretário de Cultura de Santos Carlos Pinto – iniciado na agremiação ainda no tempo do MDB – e o ex-presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) José Manuel Costa Alves.

A saída de membros históricos foi contemporizada por Ronaldo Ferreira. “O processo político é dinâmico. Temos que respeitar essas pessoas que contribuíram com o partido. O Carlos Pinto contribuiu muito com o partido. O José Manuel também. Mas essa é uma posição que os vereadores já vinham trabalhando isso desde a época do Marcus, até porque somos da base de sustentação do prefeito”.

O presidente do PMDB santista também confirmou a aliança com o PSDB para a eleição proporcional – definição das 21 cadeiras do Legislativo. A união entre peemedebistas e tucanos está sendo chamada de “jumbão”.

Segundo Ronaldo, a ideia é ao menos repetir o número de eleitos dos dois partidos. PMDB e PSDB têm atualmente nove vereadores nesta legislatura. São três peemedebistas: Antônio Carlos Banha Joaquim, Manoel Constantino e Roberto Oliveira Teixeira, o Pastor Roberto. E os seis tucanos são Sadao Nakai, Hugo Duppre, Sandoval Soares, Ademir Pestana, José Lascane e Geonísio Pereira de Aguiar, o Boquinha.

Candidatura a vice

Estar entre as legendas de apoio a Paulo Alexandre – outros partidos da base aliada do Governo Municipal também devem confirmar apoio à tentativa de reeleição – deixa o PMDB como um pleiteante à vaga de candidato a vice. “Temos o direito de indicar esse candidato a vice, como todos os partidos colocam. O PMDB, pela sua história, pela sua capilaridade nacional, se coloca à disposição. Mas não queremos tratar disso agora”, avalia Ronaldo.

Seria ele?

Marcus De Rosis presidiu o PMDB até morrer, de enfarto, no dia 8 de agosto. No dia 16 de agosto estava previsto o encontro para eleição da nova executiva municipal. Com sua morte, a reunião foi suspensa. Depois de três semanas, a executiva estadual deliberou pela montagem da executiva provisória, tendo Ronaldo Ferreira à frente. De Rosis era um dos cotados para compor a chapa, como vice, de Paulo Alexandre Barbosa.