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Em um dos dias mais tumultuados do seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar, em cima da hora, a declaração à imprensa prevista para a tarde desta sexta-feira, 17, depois de receber no Palácio da Alvorada a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Em nota disparada pela própria Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), às 14h31, o Planalto informou que "imediatamente" depois do encontro com Cristina "haverá declaração à imprensa" e chegou inclusive a impor o acesso restrito de uma equipe por veículo de comunicação" ao local.
Questionados pela reportagem sobre o motivo para o cancelamento da declaração à imprensa, auxiliares palacianos limitaram-se a dizer que a decisão foi tomada pelas duas presidentes.
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O Planalto também cancelou, sem apresentar justificativas, a declaração à imprensa de Dilma no Palácio Itamaraty, marcada para as 13h30, depois da sessão plenária da cúpula do Mercosul. Em vez da declaração, onde poderia ser abordada por jornalistas, Dilma discursou "blindada" da imprensa em duas ocasiões: na plenária da cúpula do Mercosul e no brinde do almoço oferecido aos chefes de Estado no Itamaraty.
Ao evitar a imprensa, Dilma se livra de questionamentos sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato e das declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que declarou guerra ao Planalto. Ele disse que o governo sempre o viu como "pedra no sapato" e prometeu levar o PMDB para a oposição.
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