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Pelo segundo dia consecutivo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), aproveitou discurso em agenda oficial para reclamar do que classificou de uso abusivo no País de mandados de busca e prisões temporárias. “Hoje é contra um. Amanhã pode ser contra todos”, afirmou ontem, durante cerimônia em que recebeu a medalha do mérito da Defensoria Pública de Minas Gerais, na capital. A investigação contra Pimentel, que pelo cargo que ocupa tem foro privilegiado, foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, como determina a legislação.
Na manhã desta quinta-feira, 25, um escritório utilizado pelo governador durante a campanha ao Palácio Tiradentes no ano passado foi vasculhado pela Polícia Federal dentro da Operação Acrônimo, que investiga a atuação do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, em campanhas do PT. Os agentes deixaram o local com um malote e um computador.
No discurso desta sexta-feira, 26, o governador afirmou ser preciso “ficar atento ao que está ocorrendo”. “Sem dúvida nenhuma perde a justiça, e perde muito, quando inquéritos se transformam em espetáculos midiáticos, pirotécnicos, jogando no lixo as regras judiciais, até de sigilo judicial”.
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Na primeira fase da Operação Acrônimo, deflagrada em 29 de maio, a Polícia Federal prendeu o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, libertado depois do pagamento de fiança. As investigações que levaram às duas etapas da Acrônimo começaram depois das eleições do ano passado, quando Bené foi detido no aeroporto de Brasília com R$ 113 mil em espécie. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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