Política
A Polícia Federal assinala, em documento, que "provas testemunhais e documentais" revelam a "existência de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro"
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A Polícia Federal vê indícios de corrupção ativa por parte do empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ex-ministro de Assuntos Estratégicos do Governo Collor (1990/1992). A PF afirma que PP repassou R$ 1 milhão para o deputado Vander Loubet (PT/MS) em 2013, via empréstimo para um advogado estabelecido em Campo Grande. O advogado é cunhado do petista.
No relatório de indiciamento do deputado, a PF assinala que "provas testemunhais e documentais" revelam a "existência de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticados por Vander Loubet".
Pedro Paulo PP foi alvo de buscas em julho, na Operação Politeia cujo alvo maior foi o senador Fernando Collor (PTB/AL). Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, afirmou que entregou R$ 3 milhões a PP que operou o repasse para o destinatário, Collor.
Em agosto, a Procuradoria-Geral da República denunciou Collor e seu ex-ministro perante o Supremo Tribunal Federal.
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Nesta quinta-feira, 3, a PF divulgou o indiciamento do ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara, Candido Vaccarezza, e dos deputados Nelson Meurer (PP/PR) e Vander Loubet, todos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, que detém competência para processar políticos com foro privilegiado. As conclusões da PF serão agora analisadas pela Procuradoria-Geral da República que pode denunciar os deputados e Vaccarezza ao STF.
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No caso de Vander Loubet, a PF afirma que o repasse a ele foi realizado por meio de um suposto empréstimo no valor de R$ 1 milhão de Pedro Paulo junto a um advogado, cunhado do petista. Uma parte do dinheiro teria sido entregue no escritório do advogado em Campo Grande (MS). A outra parte depositada em contas de terceiros que teriam "dado suporte a Vander Loubet em sua campanha eleitoral em 2010".
PP é alvo da Lava Jato desde a prisão do doleiro Alberto Youssef. Documentos apreendidos pela PF mostram que a Investminas, empresa controlada por PP, fez um pagamento de R$ 4 3 milhões para a consultoria MO, central de distribuição de propinas para políticos do doleiro Youssef. O senador Collor nega ter recebido propinas do esquema de corrupção na Petrobras.
PP não foi localizado pela reportagem para comentar o caso.
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