Política

'Petrolão' foi sistematizado no governo Lula, afirma procurador da Lava Jato

Nesta segunda (3), foi preso preventivamente o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado um dos principais nomes do governo Lula (2003-2010)

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/08/2015 às 15:57

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O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou que a corrupção na Petrobras foi sistematizada durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"O que nossos colaboradores apontam é que houve uma sistematização da corrupção no governo do PT, como compra de apoio parlamentar", afirmou Lima, em entrevista à imprensa, citando o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco Filho como fonte.

Nesta segunda (3), foi preso preventivamente o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado um dos principais nomes do governo Lula (2003-2010).

Dirceu é apontado pela força-tarefa da Lava Jato como um dos artífices do esquema na Petrobras, quando ainda era ministro. Segundo as investigações, ele foi responsável, em 2003, pela indicação do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque (que desviou milhões em propina, de acordo com o Ministério Público), e assim "repetiu na Petrobras o esquema do mensalão".

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Também foram detidos seu irmão Luiz Eduardo Oliveira e Silva e outras cinco pessoas, sob acusação de se beneficiarem do esquema de pagamento de propina em contratos da Petrobras. Um oitavo preso ainda está sendo procurado.

"A responsabilidade do José Dirceu é evidente", afirmou Lima.

Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que a corrupção na Petrobras foi sistematizada durante o governo Lula (Foto: Gisele Pimenta/Frame)

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Questionado se o ex-presidente Lula também seria investigado pela Lava Jato, o procurador afirmou que "nenhuma pessoa no regime republicano está isenta de ser investigada".

Disse ainda que há "uma série de inquéritos" que correm sob sigilo, e que o ex-presidente, por não ter foro privilegiado, pode ser investigado pela força-tarefa no Paraná.
"Agora, [para] tirar uma conclusão efetiva, ainda é cedo", reforçou.

A 17ª fase da Operação Lava Jato foi chamada de "Pixuleco" -termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, detido desde abril, para se referir à propina. Ele nega as acusações.

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