Política

Petrobras vai lucrar R$ 20 bi este ano, adianta Lobão

No ano passado, a estatal lucrou R$ 21,18 bilhões. Este ano, no acumulado do primeiro semestre, o lucro da empresa é de R$ 13,9 bilhões

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2013 às 20:36

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Para justificar nesta terça-feira (3), a declaração de que o governo não cogita "no momento" novo reajuste da gasolina, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, abriu a expectativa do governo acerca do desempenho da Petrobras este ano. Segundo ele, o resultado trará lucro acima de R$ 20 bilhões.

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"É com isso que trabalhamos", disse o ministro, afirmando que a estatal vai cumprir rigorosamente seu cronograma de investimentos este ano. "Esse argumento de que a Petrobras tem seu investimento comprometido é antigo. E ela nunca deixou de fazer seus investimentos", comentou.

Indagado se estava se referindo a lucro ou faturamento da empresa ao revelar a cifra, o ministro, que participava de seminário de energia no Rio, sorriu e respondeu: "Espero que seja lucro".

No ano passado, a Petrobras lucrou R$ 21,18 bilhões. Este ano, no acumulado do primeiro semestre, o lucro da empresa é de R$ 13,9 bilhões. Procurada, a estatal não comentou as declarações. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também não fez comentários sobre o pronunciamento do ministro.

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Declarações sobre resultados financeiros futuros, feitas por controladores ou de pessoas com acesso privilegiado a dados de companhias com negociação no mercado acionário, geralmente são vistas como irregulares devido ao efeito que podem provocar sobre as ações das empresas.

Edison Lobão abriu a expectativa do governo acerca do desempenho da Petrobras este ano (Foto: Divulgação)

"A CVM não tem comentários a fazer sobre as declarações", disse a CVM em nota. "Não obstante, informamos que a autarquia acompanha e analisa as informações e movimentações no mercado e adota as medidas cabíveis", acrescentou a xerife do mercado de capitais.

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Ao afastar a possibilidade de um reajuste iminente de combustíveis, Lobão voltou a afirmar que é papel da Petrobras pedir equiparação de preços aos padrões internacionais. "O governo olha com cuidado. Olha a situação econômica do País como um todo", afirmou, admitindo que os preços não estão alinhados com o mercado internacional. "O não alinhamento não compromete os investimentos da Petrobras", ressaltou.

Apagão

O ministro afirmou também que o governo será "implacável" na fiscalização e punição dos responsáveis por problemas no setor elétrico, como o apagão da semana passada que deixou todos os Estados do Nordeste sem luz por cerca de quatro horas.

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"Estamos aperfeiçoando todos os mecanismos de prevenção e controle de acidente. Determinei o aumento do rigor na fiscalização e na definição das responsabilidades. Seremos implacáveis nessa direção", disse.

Segundo ele, os críticos do governo aproveitam problemas no segmento para comparar com o período de racionamento que o País viveu em 2001, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Lobão enfatizou que a situação hoje é muito diferente devido ao modelo integrado, adotado durante o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Térmicas no NE

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Sobre a possibilidade do acionamento de térmicas no Nordeste, o ministro se limitou a afirmar que gostaria que "não fosse necessário, mas, que se for, faremos isso". No evento, o ministro previu ainda que os projetos de energia eólica no País devem atrair US$ 50 bilhões em investimentos até 2020 e revelou que o próximo leilão de energia A-5 deve incluir energia solar.

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