Política

Petrobras fica no centro do confronto entre candidatos

A candidata Marina Silva (PSB) afirmou que a política do governo de Dilma Rousseff para o setor de combustível causou a perda de 60 mil empregos no País.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/09/2014 às 01:53

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O etanol e a Petrobras foram temas de confronto entre os principais candidatos a presidente na segunda rodada do primeiro bloco do debate desta noite da Rede Record. A candidata Marina Silva (PSB) afirmou, em sua pergunta à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, que a política do governo para o setor de combustível causou a perda de 60 mil empregos no País. Marina afirmou que cerca de 70 usinas foram fechadas no País, além de 40 estarem em recuperação judicial.

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Dilma evitou falar sobre o assunto, preferindo abordar temas como saúde, Forças Armadas e energia elétrica. Dilma disse que falaria primeiro sobre essas questões porque teve os direitos de resposta negados pela produção do programa. "O Brasil tem o maior programa de remédios gratuitos de todo o mundo", declarou, para abordar depois a questão da Defesa. "Reequipamos e modernizamos as Forças Armadas, que tem não só equipamentos, mas plano estratégico de internalização de tecnologia de defesa", disse. A presidente disse ainda que é "extremamente difícil" uma solução para a questão da energia elétrica baseada só em outras fontes com eólica e biomassa.

Na réplica, Marina afirmou que Dilma não respondeu o mais importante. "A política de etanol no seu governo é um fracasso", disse a candidata do PSB para Dilma. A presidente respondeu, na tréplica, que a política do etanol foi baseada no que Maria teria sido contra: subsídio, desoneração de PIS e Cofins e aumento da mistura de etanol na gasolina de 25% para 27,5%.

O etanol e a Petrobras foram temas de confronto entre os principais candidatos (Foto: Agência Brasil e Estadão Conteudo)

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No embate com o candidato Aécio Neves (PSDB), Dilma perguntou ao tucano quais as privatizações "estão no radar" dele e se a Petrobras está nessa lista. Aécio respondeu que não privatizará a estatal, se eleito, e que irá reestatizá-la "de um grupo de poder". O candidato do PSDB a presidente afirmou que vai "tirar a Petrobras desse grupo político que tomou a empresa e vem fazendo negócios há 12 anos". De acordo com Aécio, falta indignação à presidente com os supostos casos de corrupção na estatal. Ele afirmou ainda que Dilma será a primeira presidente pós-democratização que entregará a inflação maior do que recebeu.

Aécio afirmou também que vai elevar a taxa de investimento a 23% ou 24% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na sua vez de falar, Dilma disse que combateu a corrupção para fortalecer a Petrobras e há quem use o assunto para enfraquecer a empresa. "Aliás, o sr. vendeu uma parte das ações (da Petrobras) a preço de banana e tentou tirar o 'bras' do nome para 'brax'", disse a presidente, em referência ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "Eu não vendi nada, candidata", respondeu Aécio.

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Dilma respondeu também que quem demitiu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal, foi ela. "A PF do meu governo investigou malfeitos", disse.

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