Política

Petistas avaliam bem pesquisa, mas querem evitar euforia

O levantamento divulgado nesta terça aponta que Dilma Rousseff oscilou de 36% para 38% das intenções de voto, enquanto Marina passou de 30% para 29%

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/09/2014 às 20:54

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Integrantes da executiva nacional do PT ouvidos pela reportagem avaliaram bem o resultado da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 23, mas pediram que o partido e a militância evitem "euforia". Com a presidente Dilma Rousseff consolidada na primeira colocação, eles avaliaram ainda que a reta final da campanha deverá ser marcada pela briga entre a ex-ministra Marina Silva (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB) por um lugar no segundo turno.

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"É muito positivo. Mostra claramente uma tendência de recuperação da presidente Dilma. Ela não só cresce no primeiro turno, como equilibra no segundo", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). "Está de bom tamanho. Trabalhamos muito e a presidente Dilma se consolida como a candidata mais preparada. Temos que trabalhar ainda, mas nada de euforia", acrescentou o vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (CE).

O levantamento divulgado nesta terça aponta que Dilma oscilou de 36% para 38% das intenções de voto, enquanto Marina passou de 30% para 29%. Aécio, por sua vez, permaneceu com 19%. De acordo com a pesquisa, Dilma e Marina estão empatadas numericamente na simulação de segundo turno, ambas com 41% da preferência do eleitorado.

Nas pesquisas anteriores, a diferença a favor de Marina em um eventual segundo turno com a petista foi de 9 pontos para 7 pontos, depois para 1 ponto e estava em 3 pontos porcentuais na última semana. "A Marina chegou a abrir 9 pontos (de vantagem no segundo turno) e temos hoje situação de empate. Há uma tendência de queda de Marina", celebrou o senador.

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Os petistas argumentaram que o nome de Marina tem perdido força nas sondagens em razão das "contradições" de sua candidatura. Dilma tem criticado as principais propostas da ex-ministra, como a independência formal do Banco Central e a redução do protagonismo dos bancos públicos. A campanha da presidente afirma que essas políticas serviriam aos "interesses dos banqueiros" e colocariam em perigo programas federais como o Minha Casa Minha Vida. "Coisas que ela (Marina) achava positivas tiveram repercussão negativa. Ela se vitimizou", disse Humberto Costa.

Levantamento aponta que Dilma Rousseff oscilou de 36% para 38% das intenções de voto, enquanto Marina Silva passou de 30% para 29% (Foto: Dilma 13)

Disputa

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O deputado José Guimarães acredita que o atual quadro, em que Dilma mantém estabilidade e amplia a dianteira sobre Marina, resultará numa disputa pela segunda colocação no pleito de 5 de outubro. A opinião é compartilhada por Florisvaldo Souza, Secretário Nacional de Organização do PT. "Acho que está em aberto a disputa do segundo lugar. O Aécio demonstrou um teto e a Marina não consegui recuperar o que já atingiu. Ela não tem demonstrado confiança".

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