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Informações entregues pelo Twitter ao Judiciário de São Paulo e posteriormente repassadas aos advogados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) mostram que redes do Ministério da Fazenda e do Serpro empresa estatal de processamento de dados do governo federal, foram usadas por um militante do PT que é acusado de disseminar informações difamatórias contra o tucano.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira, 17, no jornal Folha de S.Paulo, o autor das postagens é um funcionário do Serpro em Belo Horizonte chamado Márcio de Araújo Benedito. De acordo com o texto, ele é filiado ao PT e membro da comissão de ciência e tecnologia da legenda.
A assessoria jurídica do senador diz que ainda estuda quais providência tomará contra o suposto autor das mensagens, que acusam Aécio de traficar e consumir drogas, e que outros usuários estão sob análise.
A advogada Juliana Abrusio afirmou que os dados do Twitter "revelam que vários perfis estavam sendo utilizados para caluniar Aécio Neves, em uma ação articulada e organizada, visando disseminar ofensas e mentiras". "Não se sabe ainda quantas pessoas participaram dos ataques, já que são vários perfis envolvidos, sendo que o comportamento de alguns perfis era bastante anormal na rede."
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O perfil de Benedito é um dos 55 que foram alvo de ação judicial do PSDB durante a campanha presidencial do ano passado. O tucano pediu à Justiça a quebra de sigilo dos perfis para identificar os autores das postagens.
Depois de analisar o conteúdo do material enviado pela rede social de microblogs, o juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral permitiu que os advogados tivessem acesso aos dados pessoais de 20 usuários.
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Ouvido pela Folha de S.Paulo, Benedito negou que tenha feito postagens vinculando Aécio ao tráfico e consumo de drogas. Segundo o petista, os comentários se restringiam a opiniões sobre a gestão do tucano à frente do governo de Minas, entre 2003 e 2010. O funcionário do Serpro argumentou que as postagens foram feitas de sua conta pessoal, e não podem se misturar às do trabalho.
Polêmica
A decisão da Justiça de determinar que o Twitter entregasse os dados de um usuário da rede ao tribunal ocorre um mês após o senador perder uma outra ação judicial, movida contra os maiores sites de busca da internet - Google, Bing e Yahoo.
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O processo corria desde 2013 e tentava impedir que as buscas relacionassem o nome de Aécio a notícias desfavoráveis, como o suposto desvio de recursos públicos na gestão tucana em Minas. Na campanha de 2014, tucanos e petistas travaram uma "guerra suja" e se acusaram de usar perfis falsos e outras ferramentas para difamar o adversário na internet.