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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou hoje (8) a viagem da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos em outubro. Quanto às denúncias de espionagem eletrônica dos Estados Unidos ao Brasil, o ministro disse que os dois países darão continuidade ao diálogo sobre o assunto "nos canais apropriados".
Ontem (7), o presidente norte-americano, Barack Obama, cancelou a reunião que teria em setembro com o presidente russo, Vladimir Putin, durante a Cúpula do G20, devido à tensão entre os dois países após a Rússia ter concedido asilo ao ex-consultor de informática Edward Snowden, que denunciou o esquema de espionagem. Obama estará na cúpula do G20, em São Petersburgo, mas cancelou o encontro que teria com Putin, conforme estava previsto antes da concessão de asilo a Snowden.
Em reunião-almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Patriota destacou a importância da cidade como porta de entrada para o Brasil, o Mercosul e a América do Sul, com os grandes eventos já ocorrido e previstos até 2016. "O Rio de Janeiro simboliza não só o coração cultural do Brasil, mas também o Brasil do pré-sal, da Petrobras, o Brasil do BNDES, que é um banco de desenvolvimento com recursos superiores aos do Banco Mundial, o Brasil do submarino nuclear, que está sendo construído aqui no estaleiro", disse o ministro.
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Para ele, o fator de atracão exercido pelo Rio de Janeiro – pelas qualidades naturais da cidade, pela riqueza cultural, pela síntese do Brasil que ela representa, pela capacidade de organizar grandes eventos – e sua associação a áreas de desenvolvimento econômico e industrial, com tecnologia de ponta, fazem do Rio "uma cidade única no Brasil".
Patriota falou também sobre a decisão de ontem do Tribunal de Contas da União (TCU), que limita os salários de funcionários do Itamaraty ao teto do funcionalismo público, de R$ 28 mil. Segundo ele, a medida não causou desconforto e afetará poucos salários. "O Itamaraty quer ser campeão na transparência, na Lei de Acesso à Informação", ressaltou Patriota. De acordo com o ministro, o Itamaraty está pronto a esclarecer qualquer dúvida sobre suas práticas, bem como aperfeiçoá-las e corrigi-las, se houver alguma distorção.
"Este 'abate-teto', da maneira como vai ser implementado, afeta poucos salários – 12 ou 13 apenas –, inclusive de vários diplomatas que estão prestes a se aposentar. É um impacto relativamente pequeno, não chega a causar desconforto ao Itamaraty. Pelo contrário, ele nos dá a segurança de que agora estaremos plenamente dentro das melhores práticas, com o carimbo de aprovação do TCU", acrescentou.
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O ministro disse ainda aos empresários que o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos abriu espaço para melhorar as relações diplomáticas e a política externa do país, com a abertura de novas embaixadas e o fortalecimento de acordos comerciais, principalmente no eixo Sul-Sul.