Política

Para Cunha, agenda para crise é 'jogo de espuma sem conteúdo concreto'

O peemedebista ressaltou que a Câmara dos Deputados está disposta a avaliar as medidas apresentadas pela bancada do PMDB do Senado Federal

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/08/2015 às 17:00

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou nesta quarta-feira (12) que o governo federal não pode querer construir uma agenda única para superar a crise econômica sem discuti-la com a Casa Legislativa.

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O peemedebista ressaltou que a Câmara dos Deputados está disposta a avaliar as medidas apresentadas pela bancada do PMDB do Senado Federal, mas considerou que, até agora, o que se viu foi um "jogo de espuma sem conteúdo concreto".

"Não se pode achar que vai construir uma agenda única, que vai se votar e virar lei, que não é assim que funciona. Não se pode ignorar que há outra Casa Legislativa", disse. "Até agora, nós vimos apenas um jogo de espuma sem conteúdo concreto, utilizando parte da espuma que veio da própria Câmara dos Deputados anteriormente", disse.

O peemedebista participou de almoço com o vice-presidente Michel Temer e com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados. Mais cedo, em café da manhã com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Temer havia dito que buscaria Cunha para conversar sobre a agenda de medidas.

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Eduardo Cunha avaliou que o governo não pode querer construir uma agenda única para superar a crise (Foto: Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados lembrou que algumas das propostas sugeridas têm origem na própria Casa Legislativa, como o projeto da terceirização trabalhista.

"A terceirização já foi votada na Câmara dos Deputados há quatro meses. A lei da responsabilidade das estatais é de nossa autoria e tem uma comissão mista tratando dela com prazo pra acabar. Há algumas que são nossas e outras que chegarem iremos estudar", disse.

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Para ele, algumas das propostas tramitaram " tranquilamente" na Câmara dos Deputados, sem necessidade de se estruturar uma agenda de medidas.

"Propostas boas para o país sempre terão nosso apoio, assim como gostaríamos que nossas propostas boas para o país, como a terceirização, já poderiam ter sido tratadas", disse.

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