Política

Para Berzoini, vaias a Dilma em SP foram movimento organizado

O ministro das Relações Institucionais disse que não concorda com as declarações de seu colega de Esplanada, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/06/2014 às 18:15

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O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira, 20, que não concorda com as declarações de seu colega de Esplanada, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para quem as ofensas gritadas contra a presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo não vieram apenas da "elite branca".

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"Não concordo. Acho que existe um quadro no Brasil de disputa política, uma ampla disputa e que nós temos que entender que em alguns momentos as ações são preparadas para ter um determinado resultado. Eu pessoalmente acho que o que aconteceu lá foi um movimento de um setor que se organizou para fazer aquilo", disse Berzoini, logo depois de deixar a reunião do diretório nacional do PT em Brasília.

Na quinta-feira passada, parte do público que acompanhou a partida entre Brasil e Croácia na Arena Corinthians, em São Paulo, xingou a presidente Dilma Rousseff. A avaliação do ministro da Secretaria Geral da Presidência causou mal-estar no PT. Apesar de discordar de Carvalho, Berzoini disse que a avaliação do colega é "respeitável" e que "qualquer governo tem muitas opiniões".

Para Ricardo Berzoini, as vaias a presidente Dilma Rousseff foram um movimento organizado (Foto: Beto Barata/Estadão Conteúdo)

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Rejeição

Berzoini disse ainda que a rejeição da presidente Dilma medida nas últimas pesquisas não batem com levantamentos internos do PT "O partido tem as suas pesquisas, trabalha com elas e não necessariamente coincidem com aquelas que são divulgadas", disse "A rejeição não coincide com a as pesquisas que eu tenho conhecimento".

Na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 43% dos eleitores afirmaram que não votariam em Dilma em nenhuma hipótese. Mas essa não é a taxa de rejeição tradicionalmente medida pelo instituto. Nesse caso, o Ibope pergunta apenas "em quem você não votaria de jeito nenhum", sem citar nomes de candidatos e sem "forçar" um posicionamento do eleitor sobre cada um dos principais concorrentes. Comparações entre potencial de voto e taxa de rejeição são, portanto, indevidas.

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