Política
A coligação diz que é preciso apurar "a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, prevaricação e formação de quadrilha ou bando, dentre outros"
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Aliados do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, protocolaram ontem uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de investigação contra a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. PSDB, DEM, Solidariedade, PTB, PTdoB, PMN, PEN, PTC e PTN querem a apuração das informações prestadas em depoimento pelo doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal e que foram divulgadas pela revista Veja. Youssef afirmou que os petistas sabiam do esquema de corrupção montado na Petrobrás.
No documento apresentado pelos partidos da coligação de Aécio, pede-se prioridade na tramitação da notícia-crime considerando "a proximidade das eleições e a possibilidade de seu impacto político e social". Em nota assinada pelo coordenador jurídico da campanha, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a coligação ressalta que as informações reveladas são "extremamente graves" e exigem "ações efetivas para uma rápida e eficaz investigação dos fatos".
"Não só a normalidade das eleições é colocada sob suspeita quando se aponta a possibilidade de uma campanha eleitoral ser irrigada com milhões de reais de origem ilícita, mas, também, e principalmente, a legitimidade dos Poderes constituídos e da democracia brasileira", diz o texto da nota que inclui o PPS e o PSB.
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A coligação diz que é preciso apurar "a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, prevaricação e formação de quadrilha ou bando (associação criminosa), dentre outros." O objetivo da ação é antecipar a apuração das denúncias envolvendo autoridades com direito a foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outro comunicado, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou que a presidente Dilma não pode "desqualificar" as denúncias. Para Freire, Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema porque eram os responsáveis pela nomeação dos diretores da Petrobras. "O Brasil corre o risco de reeleger uma presidente que talvez começará o mandato com uma suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras", disse Freire.