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De acordo com o PSDB, Dilma convocou cadeia de rádio e TV em horário nobre para fazer "proselitismo" de seu governo e dela própria e para propagandear a candidatura à reeleição. No pronunciamento, a presidente anunciou o reajuste do Bolsa Família em 10% e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) - confirmada posteriormente em 4,5%.
Conforme o partido, a presidente usou um espaço pago pelo erário para atacar seus adversários e passar a mensagem de que seria mais apta para exercer o mandato do que seus concorrentes. Para o PSDB, não é necessário que no pronunciamento de Dilma diga o nome de seus adversários políticos nem que peça explicitamente voto para que fique configurada a propaganda antecipada.
O PSDB e o DEM pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que puna a presidente Dilma Rousseff por supostamente ter feito propaganda eleitoral antecipada no pronunciamento transmitido para todo o País na noite de quarta-feira, a propósito do Dia do Trabalho.
O PSDB sustenta que Dilma ultrapassou os limites estabelecidos pela legislação. "O inteiro teor do pronunciamento da senhora presidente da República é um evidente uso da cadeia nacional de rádio e televisão para promoção da representada e do atual governo." O partido quer que o Supremo fixe uma multa por propaganda antecipada que, pela legislação, pode ser de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
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A representação do DEM foi protocolada no início da noite de ontem. Em pronunciamento feito na tribuna do Senado, o presidente da legenda e líder da bancada, senador José Agripino (RN), afirmou que o partido também acionará o Ministério Público Federal por acreditar que houve ato de improbidade administrativa por parte da presidente da República.
Ministério Público
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Agripino lembrou que os pronunciamentos em rede nacional são pagos pelos contribuintes. "A cada final de ano, quanto aos custos da propaganda eleitoral 'gratuita', o espaço usado pelas autoridades em rádio e TV é quantificado em valor e abatido no Imposto de Renda que essas empresas vão pagar, portanto, o contribuinte paga por aquilo", disse.
Na representação entregue ao TSE, o DEM afirma que Dilma "individualizou e personificou as ações de governo". "A propaganda em questão tem nítida intenção de influir no pleito de 2014, enaltecendo a imagem da atual presidente da República, que buscará sua reeleição ao cargo de chefe do Poder Executivo Federal nas eleições vindouras, o que é público e notório."
No Brasil, os candidatos a cargos eletivos somente podem fazer propaganda eleitoral a partir de julho. Em agosto, tem início a propaganda no rádio e na televisão, conhecida como horário eleitoral gratuito. Os políticos que fazem campanha antes disso ficam sujeitos a sofrer representações de outros partidos e do Ministério Público Eleitoral. Em caso de condenação pela Justiça Eleitoral, podem ser punidos com multa.
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