Política

Operação Lava Jato dificulta situação financeira do PT

Com a torneira das doações fechada desde a prisão de altos executivos de empreiteiras que financiavam o partido, dirigentes estaduais e nacionais fazem um jogo de empurra em relação à dívida de mais de R$ 25 milhões

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/12/2014 às 20:46

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O PT está sofrendo o impacto financeiro decorrente da Operação Lava Jato. Com a torneira das doações fechada desde a prisão de altos executivos de empreiteiras que financiavam o partido, dirigentes estaduais e nacionais fazem um jogo de empurra em relação à dívida de mais de R$ 25 milhões da campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O presidente estadual do PT de São Paulo, Emidio Souza, admitiu nesta sexta-feira, 12, que as investigações movidas pela Polícia Federal e Ministério Público federal atrapalham o encaminhamento de uma solução para o pagamento da dívida. "Na solução da dívida acredito que (atrapalha) sim", disse o dirigente, durante reunião da chapa majoritária do partido, Partido que Muda o Brasil (PMB).

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Lula nega que teria sido beneficiado em entrega de apartamento em Guarujá

• Juiz aceita denúncia contra nove acusados na Operação Lava Jato

• Médicos aceitam proposta da Santa Casa e adiam paralisação

Emidio tenta dividir com a direção nacional do PT a dívida alegando que o esforço da campanha em São Paulo também tinha como objetivo alavancar o desempenho da presidente Dilma Rousseff no maior colégio eleitoral do Brasil. "A dívida de São Paulo nunca se pagou sozinha. Somos um partido só. Aqui também foi feito um esforço nacional", disse ele.

O pedido, no entanto, esbarra no tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, responsável pela arrecadação do PT, que é alvo das investigações da Lava Jato e alega não ter responsabilidade sobre a dívida. Segundo Vaccari, a direção estadual do PT de São Paulo foi avisada ainda no primeiro semestre que a situação financeira do partido era difícil.

Continua depois da publicidade

Ele tem dito que se houver algum socorro nacional ao PT-SP ele virá do comitê financeiro da campanha de Dilma à reeleição, comandado por Edinho Silva.

Emidio discorda da argumentação de Vaccari e insiste no pedido de ajuda à direção nacional. "Quem trata oficialmente (da dívida) é o tesoureiro do partido. O Edinho cuidou da campanha da Dilma", disse Emidio que admitiu ser grande a chance de o prazo para pagamento das despesas se alongar. "Este é um aspecto que nos preocupa mas a solução não virá em um curto espaço de tempo", completou.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software