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Diplomatas afirmaram na sexta-feira não saber como a Rússia votará a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) formulada em conjunto pelo ocidente e por árabes. O texto demanda acesso imediato para qualquer localização na Síria, de modo a entregar ajuda humanitária. O voto da Rússia deverá ser seguido pelo da China.
A votação do Conselho de Segurança está marcado para este sábado, de modo que o embaixador russo para a ONU Vitaly Churkin teve tempo para se consultar com Moscou.
A embaixadora norte-americana Samantha Power expressou forte apoio à resolução na sexta-feira e insistiu que o conselho "fale com uma única voz para assegurar que crianças, mulheres e homens afetados pela crise síria receba a essencial assistência que lhes está sendo negada".
Rússia e China apoiam o governo de Bashar Assad na Síria e já vetaram três resoluções formuladas por nações ocidentais.
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Em outubro o Conselho de Segurança aprovou uma declaração presidencial na qual insistia que o governo sírio facilitasse o acesso humanitário ao povo em necessidade. Na semana passada, a subsecretária para assuntos humanitários da ONU, Valerie Amos, reconheceu que a declaração não surtiu os efeitos desejados.
A resolução inicial, liderada por Austrália, Luxemburgo e Jordânia, impunha sanções caso as demandas não fossem atendidas em 15 dias, mas o diplomata russo não concordou com o texto e propôs uma resolução diferente, que retirava as sanções e concentrava no combate ao terrorismo na Síria.
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O texto final, que será votado neste sábado, tem uma linguagem mais dura com relação ao terrorismo, mas não menciona sanções. Em vez disso, pede que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reporte ao Conselho de Segurança sobre a implantação da resolução a cada 30 dias e expressa a intenção de o conselho "tomar passos adicionais no caso de não-cooperação com essa resolução".
Mesmo essa linguagem, mais fraca que a pretendida na resolução inicial, pode desagradar os russos. Diplomatas, que falaram na condição de anonimato, alertaram que a Rússia também não apoia outras questões centrais que permaneceram no rascunho final. O rascunho pede que todas as partes "imediatamente levantem o cerco a áreas populosas".
O texto da resolução também pede que todas as partes permitam a entrega de ajuda humanitária, a entrega de alimentos e remédios indispensáveis à sobrevivência e a saída de cidadãos que quiserem deixar as zonas de conflito. O fim dos ataques a civis e bombardeios aéreos a áreas populosas também estão entre as demandas.
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O diplomata russo disse anteriormente que Moscou apoiaria um texto com medidas pragmáticas. O Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o governo sírio também deve aprovar a entrega de ajuda entre fronteiras, pois isso poderia ser usado para fornecer armas à oposição.
O governo sírio acusa os rebeldes de terrorismo e de pertencerem a grupos afiliados à Al-Qaeda.
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