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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que uma relação construtiva com o Irã pode ser um resultado de um acordo para limitar o programa nuclear do país. Ele disse, porém, que a construção desse relacionamento não acontece imediatamente.
Obama falou à rede de TV CNN em uma entrevista que foi ao ar neste domingo que o "problema nuclear" do Irã deve ser resolvido primeiro. Ele disse ainda que o acordo firmado no mês passado pelos Estados Unidos e outras cinco potências mundiais para retirar as sanções econômicas ao Irã em troca de restrições no programa nuclear alcança um objetivo "melhor que qualquer outra alternativa".
Parlamentares republicanos discordam fortemente da avaliação de Obama de que o acordo bloqueia o acesso do Irã a armas nucleares. Essa discordância é compartilhada por alguns dos companheiros do Obama do Partido Democrata.
O presidente norte-americano afirmou que resolver o problema nuclear torna possível a abertura de conversas com o Irã sobre outros temas. Ele citou a Síria como um exemplo.
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"Existe a possibilidade de que, tendo começado conversas sobre esse tema específico, comecemos algumas discussões mais amplas sobre a Síria, por exemplo, e a habilidade de todas as partes envolvidas para tentar chegar a uma transição política que mantenha o país intacto e não alimente o crescimento do Estado Islâmico e outras organizações terroristas", disse Obama. "Mas não acredito que isso aconteça imediatamente", completou.
Obama gravou a entrevista na quinta-feira, horas antes de o senador democrata Chuck Schumer anunciar que se opunha ao acordo. O Congresso deve votar em setembro uma medida de oposição ao acordo, a qual Obama deve vetar. Os parlamentares então teriam que obter votos suficientes para passar por cima da decisão do presidente.
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Na entrevista, Obama não respondeu diretamente quando perguntado se ele usaria força militar para evitar que o Irã tenha acesso a armas nucleares caso o acordo falhe. "Eu tenho uma política sobre assuntos assim de não antecipar o fracasso", disse Obama. "E não vou antecipar o fracasso porque acredito que temos o melhor argumento", acrescentou. Fonte: Associated Press.
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