Política
O discurso do presidente faz parte de uma intensa campanha de lobby a favor da aprovação do acordo no Congresso, que votará a favor ou contra a resolução no próximo mês
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que o acordo nuclear com o Irã se baseia em uma tradição norte-americana de ser "forte, íntegro e diplomático" com adversários, incluindo a antiga União Soviética, e alertou que se o Congresso barrar o acordo irá colocar os EUA no caminho para outra guerra no Oriente Médio.
Em uma refutação de cada crítica lançada contra o acordo, Obama disse que "se o Congresso votar contra, ele só não vai pavimentar o caminho para o Irã criar uma bomba nuclear, como irá acelerar a criação".
"A escolha que enfrentamos é, em última análise, entre a diplomacia e alguma forma de guerra", disse Obama em um discurso na American University. "Talvez não amanhã, talvez não daqui a três meses, mas em breve", acrescentou. Ele falou na mesma universidade onde John F. Kennedy pediu diplomacia com a Guerra Fria e com o desarmamento nuclear.
O discurso do presidente faz parte de uma intensa campanha de lobby a favor da aprovação do acordo no Congresso, que votará a favor ou contra a resolução no próximo mês.
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O acordo entre os EUA, o Irã e potências internacionais visa desmantelar o programa nuclear de Teerã em troca de bilhões de dólares em alívio de sanções econômicas. A Casa Branca disse que o acordo corta todos os caminhos do Irã para a fabricação de uma bomba nuclear e estipula inspeções detalhadas em Teerã.
Desafiando aqueles que dizem que os EUA deveriam ter estipulado sanções mais duras sobre Teerã e ter feito um acordo melhor, Obama disse que "são pessoas ignorantes sobre a sociedade iraniana ou eles simplesmente não estão sendo corretos com as pessoas norte-americanas".
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Procurando isolar seus críticos, Obama disse que o resto do mundo apoia o acordo feito com o Irã, com a notável exceção de Israel. Ele reafirmou o seu apoio em relação à segurança de Israel e disse não duvidar da sinceridade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um dos mais ferozes opositores do acordo. "Eu acredito que ele está errado", disse o presidente dos EUA. Fonte: Associated Press.
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