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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a adoção de novas medidas de precaução e disse que "não há muita margem para erro" no combate ao ebola. "Se não seguirmos os protocolos e procedimentos que estamos adotando, estaremos colocando pessoas da nossa comunidade em risco", disse, em teleconferência com prefeitos e autoridades do país.
As medidas de triagem a serem adotadas pelos EUA em aeroportos foram classificadas por Obama como um suporte às proteções já em vigor. Segundo a Casa Branca, as novas precauções irão afetar mais de 90% dos que viajam aos EUA vindos de países atingidos pela epidemia de ebola.
Cerca de 150 viajantes por dia terão suas temperaturas medidas por termômetros que funcionam sem contato físico, antes de entrarem no país. Os novos procedimentos começarão a ser adotados no sábado, no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York. Depois serão adotados em aeroportos nas cidades de Washington, Atlanta, Chicago e Newark.
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O diretor do centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), Tom Frieden, diz esperar alarmes falsos com as medidas. "Isso deve causar preocupações óbvias e compreensíveis nos aeroportos", disse. Apesar das precauções adotadas, Frieden considera que é impossível reduzir a zero o risco de contaminação no país.
O diretor diz também que não há planos de banir viagens para a zona epidêmica no oeste da África, decisão que poderia dificultar o envio de médicos para o combate à doença no continente.
Com as novas regras, os agentes que atuam nas fronteiras do país agora irão checar pessoas que pareçam estar doentes, bem como os comissários de bordo. Nestes casos, o CDC será notificado.
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O ebola já vitimou mais de 3,8 mil pessoas no oeste africano. Nesta quinta-feira, os presidentes da Libéria, Guiné e Serra Leoa, os mais atingidos pela epidemia, pediram mais ajuda ao Banco Mundial no combate à doença. Na quarta-feira, o primeiro paciente a ser diagnosticado com a doença nos EUA morreu.
O Exército norte-americano está construindo centros médicos na Libéria e pode enviar até 4 mil soldados para ajudar com a crise epidemiológica. "Nosso Exército está construindo essencialmente uma infraestrutura que não existe, para facilitar o transporte de pessoas e suprimentos", disse Obama, acrescentando que a segurança desses soldados é tratada como prioridade.