Política

Obama anuncia ajuda de US$ 3 bilhões para combater mudanças climáticas

O presidente americano desafiou os países da Ásia-Pacífico para escolher entre "conflito ou cooperação", recordando o programa nuclear da Coreia do Norte que gerou disputas territoriais tensas com a China e seus vizinhos

Publicado em 15/11/2014 às 10:44

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que seu país vai doar US$ 3 bilhões para um fundo da ONU criado para auxiliar os países em desenvolvimento a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.

"Estou anunciando que os Estados Unidos deram outro passo importante. Vamos contribuir com US$ 3 bilhões para o Fundo Verde para o Clima para podermos ajudar as nações em desenvolvimento", disse Obama em discurso na Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, antes de participar da Cúpula do G20.

"Isso nos dá a oportunidade de ajudar comunidades vulneráveis com sistemas de alarme, com defesas mais fortes contra as tempestades e infraestruturas mais resistentes ao clima", destacou o líder americano.

O Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas foi criado para incentivar programas de baixa emissão de carbono dos países em desenvolvimento e para captar fundos para que os países mais vulneráveis à mudança climática, entre eles os do Pacífico Sul, possam fazer frente às consequências das mudanças climáticas.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursa na Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, neste sábado (15) (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)

O presidente americano também defendeu a transição "para uma economia com energias mais limpas que permitam o crescimento econômico, a geração de emprego e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de carbono".

O anúncio de Obama acontece na mesma semana em que os EUA e a China chegaram a um acordo histórico sobre as mudanças climáticas.

Segundo esse pacto, os Estados Unidos reduzirão entre 26% e 28% das suas emissões, relativas aos níveis de 2005, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que os cortes previstos entre 2005 e 2020.

Por sua vez, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o volume das emissões de carbono de seu país alcançará seu nível máximo em 2030, quando começarão a ser reduzidas. Além disso, se comprometeu a produzir, a partir desse mesmo ano, 20% da energia nacional de fontes limpas e renováveis.

Obama pediu que os países se comprometam a estabelecer uma meta para reduzir as emissões e analisem com objetividade os dados científicos para seja possível chegar a "um forte acordo global no próximo ano".

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, relutou em incluir a questão das mudanças climáticas na Cúpula do G20 por considerar que a mesma deveria focar no crescimento econômico e na geração de empregos.

No entanto, Obama lembrou hoje que a Grande Barreira de Corais, que fica em frente ao litoral nordeste da Austrália, está em perigo e espera que ela continue existindo quando ele, suas filhas e seus netos voltarem ao país. 

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