Política

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel quer apuração federal

Grupos formados por policiais militares de Goiás estão na mira do procurador-geral

Publicado em 12/05/2013 às 11:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu na última sexta-feira a federalização da apuração de crimes que indicam a participação de grupos de extermínio formados por batalhões de elite da Polícia Militar (PM) de Goiás. O pedido foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidirá se os casos devem ser deslocados da esfera estadual para a federal.

O estopim da intervenção de Gurgel foram os recentes assassinatos de moradores de rua em Goiás, 24 casos entre agosto de 2012 e março de 2013. A atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi solicitada pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. No documento encaminhado ao STJ, o procurador não se limita a narrar os recentes fatos envolvendo moradores de rua e faz um amplo histórico de casos que indicam a participação de grupos de extermínio da PM.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Procurador-geral da República encaminhou pedido ao Superior Tribunal de Justiça (Foto: Divulgação)

São pelo menos nove episódios ocorridos desde 2000 que, segundo Gurgel, não foram apurados adequadamente e não resultaram na punição de nenhum policial militar até hoje. O procurador também faz duras críticas ao Executivo local. Segundo ele, embora ciente dos episódios violentos, o governo goiano nunca tomou qualquer providência para reformar o formato de operação da PM, fortalecendo as estruturas dos grupos especiais e sendo conivente com uma atuação truculenta que obtém resultados.

Para Gurgel, a intervenção federal também é necessária para apurar se a inércia do governo local levou o Brasil a violar os acordos e tratados internacionais dos quais é signatário.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software