"O PMDB só me dá alegrias", diz Dilma

Em meio à maior crise do seu governo com a base aliada, a presidente Dilma Rousseff negou-se ontem (11) a criticar o principal aliado. "O PMDB só me dá alegrias", foi sua resposta ao ser indagada sobre os problemas com o partido em uma rápida entrevista em Viña del Mar, onde esteve para participar da posse da presidente eleita do Chile, Michele Bachelet.

Dilma também esquivou-se de comentar os recentes desenvolvimentos recentes da rebelião peemedebista na Câmara e os impactos que isso traria para o ano eleitoral. "Daqui para frente esse é um ano muito especial. Primeiro nós temos a Copa, e eu tenho convicção que será uma Copa fantástica. Segundo, porque nós temos essa preparação para os Jogos Olímpicos", afirmou, depois de encontrar com um grupo de atletas brasileiros que participa dos jogos sul-americanos no Chile.

Questionado sobre a declaração de Dilma, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), protagonista no movimento contra o Palácio do Planalto, atribuiu a afirmação à lealdade do PMDB nas votações: "O PMDB até hoje não faltou com a lealdade ao governo"

Já o vice-presidente da República Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, também disse concordar com a declaração da presidente. "A presidente (Dilma Rousseff) foi clara ao dizer que o PMDB só dá alegrias. E só dá alegrias mesmo, apoia o governo, ajuda o governo, de modo que a presidente foi muito explícita em relação à frase que formalizou", afirmou, ao deixar reunião no gabinete da vice-presidência com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).