Política

O PMDB não dita as prioridades do governo, diz Romero Jucá

Na avaliação do senador, a crise econômica se dá por erros cometidos pelo próprio governo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/09/2015 às 14:18

Compartilhe:

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta segunda-feira, 14, que o governo tem que sinalizar para a sociedade um outro momento, com o corte de gastos e ministérios. "Não dá para pedir sacrifício de ninguém, sem dar o exemplo do que vai se fazer." E tem que amadurecer uma agenda política comum e ter maioria forte e estável no Congresso para fazer as transformações que o País precisa fazer. Jucá voltou a colocar em dúvida o poder de reação do governo petista: "Se este governo (Dilma) vai conseguir fazer isso ou não, eu não sei."

Na avaliação do senador, a crise econômica se dá por erros cometidos pelo próprio governo. E listou: "Posturas ideológicas, intervenção em setores do mercado, desequilíbrio de sistema de grande porte. A inabilidade do governo com a política é outro fator que, combinado, cria a tempestade perfeita." E a corrupção continuou, é uma questão que não pode ser impingida aos partidos políticos, mas às pessoas.

Nas críticas ao governo, Jucá disse que houve intervenção equivocada no setor elétrico, na Petrobras e no BNDES, subsidiando intervenções em concessões, que não eram o caminho correto. O senador afirmou que não é mais possível maquiagens e subterfúgios (nas contas do governo), citando que no déficit orçamentário de R$ 30 bilhões que o governo enviou ao Congresso Nacional, existem arrecadações não configuradas.

Indagado sobre a relação de seu partido com o PT, citou o congresso da sigla que será realizado no dia 15 de novembro, quando estará em discussão o rompimento da aliança. "O PMDB não dita hoje as prioridades do governo, o PMDB foi coadjuvante, em tese não é o mentor da política econômica e nem da condução política, da atuação do governo com outros partidos." E sem entrar em detalhes sobre a posição que o partido vai tomar no dia 15 de novembro, Jucá disse: "a bola agora está com o governo."

Romero Jucá disse que o PMDB não dita as prioridades do governo (Foto: Agência Brasil)

Fundo do Poço

O senador disse ainda que a situação de crise no País ainda não bateu no fundo do poço. E previu a piora nos índices de desemprego e de atividade econômica. "Dois setores, serviços e comércio, vão acentuar o nível de desemprego neste segundo semestre."

Ao falar sobre a Operação Lava Jato, Jucá, que está na lista de políticos citados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Operação Lava Jato, reiterou que está "absolutamente tranquilo". "Não cometi irregularidade, não tenho nada a temer."

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Travessia de balsas no Litoral de SP é paralisada por conta dos fortes ventos

Cidades da região estão enfrentando problemas por conta do tempo no começo da noite desta sexta

Cotidiano

Confira os números sorteados na Lotofácil no concurso 3200, nesta sexta (20)

O prêmio é de R$ 5.000.000,00

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter