Política

O Brasil não quer criar a Futebrás, garante Dilma

Sua fala em rede social é uma resposta ao candidato do PSDB, Aécio Neves, que afirmou que alfinetou Dizendo que ela queria criar a Futebrás

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/07/2014 às 12:53

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A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu twitter para rebater as críticas da oposição e defender a sua proposta de reestruturação do futebol. "Os que queriam transformar a Petrobrás em Petrobrax, desvirtuam, agora, nossa posição de apoiar a renovação do nosso futebol", disse Dilma, em uma de suas sete postagens, feitas na manhã deste sábado. "O Brasil não quer criar a Futebrás", reiterou a presidente, explicando que "quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos". Sua fala em rede social é uma resposta ao candidato do PSDB, Aécio Neves, que afirmou que alfinetou Dizendo que ela queria criar a Futebrás.

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"O governo não quer comandar o futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a modernizá-lo. Contem conosco para isso", declarou Dilma. Na opinião da presidente, "o futebol que é atividade privada, precisa ter as melhores práticas da gestão privada, nas áreas comercial, financeira e futebolística".

Em outra postagem em seu microblog, a presidente Dilma destacou que "somos uma das maiores economias do mundo e podemos ser uma das maiores bilheterias do futebol". Segundo a presidente, "temos um imenso talento e amor pelo futebol" e a gora, "temos agora os melhores estádios". Para ela, "com renovação, teremos sempre o melhor futebol do mundo".

A presidente Dilma Rousseff garante que o Brasil não quer criar a Futebrás (Foto: Agência Brasil)

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Na opinião da presidente, "as oportunidades devem ir das divisões de base ao nível profissional. Só assim garantiremos que jogadores de excelência fiquem no Brasil". E completou: "devemos ampliar oportunidades para nossos craques jogarem no Brasil, dando a eles as mesmas condições do mercado internacional".

A presidente está em Brasília, no Palácio da Alvorada, onde assiste a disputa pelo terceiro lugar da seleção brasileira contra a Holanda, depois do vexame de sete a um, contra a Alemanha, no Mineirão. Dilma não vai ao estádio Mané Garrincha, na capital federal, onde será realizado o jogo. O ministro chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, anunciou que irá ao estádio, "prestigiar" os jogadores.

Um dia depois da derrota para a Alemanha, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu uma "intervenção indireta" no futebol. A proposta foi muito criticada por vários setores, inclusive a oposição e o ministro recuou nas suas declarações, dizendo que o governo "não vai fazer nenhuma intervenção". A presidente Dilma, tenta rebater a oposição e esclarecer as propostas do Planalto.

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No calor da derrota, Dilma anunciou que quer promover a reformulação e a renovação do funcionamento deste esporte, para deixar como mais um legado da Copa. Dilma quer aproveitar a proposta de renegociação das dívidas dos clubes, para exigir uma contrapartida, estabelecida em lei aprovada pelo Congresso. Entre as exigência aos clubes deverão ser incluídas maior transparência em suas contas, com determinação de publicação de balanços periódicos, e punição ao clube com rebaixamento automático da primeira para a segunda divisão, do time que atrasar pagamento de salário dos jogadores.

Para discutir estas propostas, a presidente Dilma Rousseff vai receber, na sexta-feira, pela segunda vez, em menos de dois meses, representantes do Bom Senso Futebol Clube, movimento que reúne jogadores que reivindicam melhores condições de trabalho para os atletas e o controle das finanças dos times. Entre as propostas discutidas na época estavam o fortalecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte e a regulamentação da participação de atletas em assembleias gerais de entidades. Na ocasião, Dilma declarou ter ficado "estarrecida" "com tantos clubes com salários atrasados".

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