Política

'Nunca falei mal de dona Marina', diz Lula

Marina chorou ao comentar os ataques que têm sofrido da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, na noite de quinta-feira, 11, no Rio

Agência Brasil

Publicado em 13/09/2014 às 15:09

Atualizado em 15/12/2022 às 15:27

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, 13, em evento da campanha do petista Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, que a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, não precisa "contar inverdades" a seu respeito e que "nunca" atacará a ex-ministra do Meio Ambiente de seu governo.

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"A dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar", disse Lula em Sapopemba, na zona leste de São Paulo. "Nunca falei mal da dona Marina e vou morrer sem falar. Ela que tem que se explicar porque falou mal do PT."

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O ex-presidente fez referência à reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o texto, Marina chorou ao comentar os ataques que têm sofrido da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, na noite de quinta-feira, 11, no Rio. Ela comparou o embate às críticas que Lula sofreu de Fernando Collor na campanha de 1989. Lula disse ontem que não utiliza nome de adversários do palanque do PT. "Vocês nunca me viram xingando uma adversária. Prefiro falar bem do meu candidato", discursou. "Agora não vai chorar na impressa, porque eu nunca falei dela a não ser nesse comício."

Oito dias antes, em plenária do PT em São Paulo, Lula disse que a ex-ministra hoje é a principal adversária de Dilma e fez críticas ao programa de governo do PSB. "Não vou ter divergência pessoal com a Marina. Mas governar um país não é um clube de amigos, é a gente saber com quem vai governar e para quem, qual a orientação econômica deste País", disse. "Não sei se a companheira Marina leu o programa que fizeram para ela. Se ela leu, significa que não aprendeu nada nas discussões que fizemos quando ela estava no partido."

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No discurso de hoje, Lula provocou Marina pelas trocas de partido - depois de deixar o PT, a ex-ministra foi para o PV, pelo qual disputou a Presidência em 2010, e para o PSB, após não conseguir registrar a Rede Sustentabilidade - e pelas "erratas" do programa de governo da candidata em relação a políticas para a comunidade LGBT e para o setor energético. "Um verdadeiro líder não muda de opinião toda hora, ele evolui."

Outra face

Marina esteve ontem em Sobral (CE), reduto dos irmãos Gomes, que são aliados de Dilma e têm feito críticas à candidata do PSB. A ex-ministra, que foi colega de Ciro no ministério de Lula, preferiu não comentar as críticas do hoje secretário estadual da Saúde. "Eu ofereço a outra face, a face do diálogo, do respeito, a face de quem acredita na democracia."

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Dilma cumpriu agenda de campanha na manhã de hoje em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, onde defendeu as políticas do governo para o movimento negro. A candidata do PT estava na mesma região em que o tucano Aécio Neves fez campanha. Em carreata na capital mineira, Aécio criticou Dilma pelas suspeitas de irregularidades na Petrobrás e voltou a dizer que é opção melhor que Marina para substituir o PT no governo. "Marina não adquiriu as condições de governabilidade para enfrentar as dificuldades que nós teremos pela frente. Nós somos a mudança segura, consistente, responsável e corajosa que o Brasil espera e precisa viver."

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