Política
"Haverá uma reconciliação entre os filhos de nossa nação, com exceção daqueles que tenham cometido crimes ou adotado violência contra eles", disse el-Sisi
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O ex-chefe do Exército Abdel-Fattah el-Sisi, que tomou posse como presidente do Egito neste domingo, disse que não haverá reconciliação com qualquer um que "tenha cometido crimes" ou "adotado violência" contra os egípcios, em uma referência velada à Irmandade Muçulmana e outros islâmicos.
"Haverá uma reconciliação entre os filhos de nossa nação, com exceção daqueles que tenham cometido crimes ou adotado violência contra eles", disse el-Sisi para um plateia de mais de 1 mil convidados no palácio de Quba, no Cairo. Entre os convidados estavam políticos, clérigos, figuras públicas e celebridades.
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Embora não tenha mencionado o nome da Irmandade Muçulmana, a declaração foi uma referência aos seguidores de Mohammed Morsi, o presidente islâmico que el-Sisi retirou do poder em julho, e a militantes islâmicos que têm proferido ataques contra o governo. A Irmandade Muçulmana foi declarada grupo terrorista em dezembro pelo governo. A declaração de el-Sisi também coincide com a prisão de milhares e a morte de centenas de seguidores de Morsi.
El-Sisi disse que irá combater a corrupção, promover a segurança regional e a estabilidade. Ele ainda utilizou-se da bandeira dos defensores da democracia e dos jovens ativistas, que boicotaram as eleições presidenciais no mês passado. Em seu discurso de 55 minutos, falou de "liberdade e justiça social", o principal slogan dos jovens que estiveram à frente as manifestações de janeiro de 2011, que culminaram com o regime de 29 anos de Hosni Mubarak.
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