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O formato “engessado” do último debate entre os presidenciáveis não foi suficiente para impedir um programa até fora dos padrões. Assim foi o debate, o último do primeiro turno, realizado pela Rede Globo, na noite de ontem.
O programa começou com uma saia justa para a emissora. Primeira sorteada para fazer pergunta, Luciana Genro (PSOL) destacou que só estava no evento porque teve de acionar a Justiça para garantir sua participação e criticou que os três principais concorrentes - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) - atendem aos interesses das famílias mais ricas do País, entre as quais a dona da emissora (Família Marinho).
O formato “engessado” do debate também não impediu a formação de “tabelinhas” entre candidatos. Aécio Neves se “aliou” ao Pastor Everaldo (PSC), ora sempre o escolhendo para responder às perguntas, ora para criticar o Governo PT. Na terceira vez que escolheria um concorrente para responder a pergunta, até mesmo ele riu e disse que iria variar, escolhendo Eduardo Jorge (PV).
Nanicos apareceram
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O último encontro entre os que querem a principal cadeira do Palácio do Planalto também foi marcado pela repercussão da fala de Levy Fidélix (PRTB) que, no debate da TV Record, na noite de segunda-feira, fez discurso considerado homofóbico. Quando se dirigiram a Fidélix, Eduardo Jorge e Luciana Genro sugeriram que ele pedisse perdão a quem tinha ofendido.
O nanico Fidélix não só não pediu perdão, como perdeu a compostura, tratando de forma grosseira Eduardo Jorge e Luciana Genro, tanto no modo como os chamava, como afirmando que ambos faziam apologia às drogas e ao aborto.
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O cardápio de sempre
No mais, o último debate foi uma repetição opaca dos demais: Dilma tendo que responder sobre a corrupção na Petrobras, Aécio criticando a “nova política” de Marina Silva, candidatos tentando fugir da pergunta definida por sorteio - o que mereceu até uma intervenção do mediador William Bonner, cortando uma fala de Aécio Neves.
Para não dizer que não foi apresentada uma “nova proposta”, Marina Silva sugeriu que seria possível dar um 13º salário a quem recebe o Bolsa Família.
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O pouco tempo reservado às respostas fez com que o telespectador mediano não entendesse questões importantes, como a diferença entre autonomia e independência do Banco Central.