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Em pronunciamento há pouco em cadeia nacional de rádio e TV pelo Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "a mulher é a nova força que move o Brasil", mas que muitas barreiras ainda precisam ser rompidas para diminuir as desigualdades entre os gêneros e garantir mais direito e mais autonomia às brasileiras de todas as classes sociais.
A presidente disse que é preciso garantir salário igual para mulheres e homens na mesma função. Que é preciso combater sem tréguas a violência que recai sobre as mulheres e diminuir a burocracia e os impostos para que as empresas, lideradas por mulheres, sejam ainda mais numerosas. "É preciso que muito mais mulheres ocupem o topo das decisões das empresas e das entidades representativas de toda natureza", afirmou.
Ela disse ainda que é preciso garantir mais creches "para cortar a desigualdade pela raiz", para dar às crianças pobres as mesmas oportunidades da classe média e facilitar o acesso de suas mães ao trabalho.
"Falo disso com a legitimidade da presidenta que ampliou as oportunidades para as mulheres e que, mesmo assim, sabe que é preciso fazer muito mais", ressaltou. "Este é o século das oportunidades. Este é o século do Brasil. E este é, sem dúvida, o século das mulheres! A mulher é a nova força que move o Brasil. Com esta força e esta energia vamos construir um futuro cada vez melhor para as nossas famílias", completou.
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Ainda durante o pronunciamento, Dilma afirmou que, como a primeira mulher a ocupar a presidência do País, vê com imensa alegria os vários programas criados nos últimos anos.
Segundo ela, o Brasil é líder no empreendedorismo feminino por causa da sensibilidade da mulher brasileira de perceber que, abrindo um negócio próprio, pode administrar melhor sua vida e a de sua família. Mas, destacou a presidente, isso ocorre também porque o Brasil criou novas linhas de crédito para as mulheres.
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Dilma lembrou o programa Crescer, que é destinado a financiar pequenos empreendedores e oferece recurso barato e sem burocracia para a pessoa montar ou ampliar seu próprio negócio. "Um dinheiro que pode ser usado como capital de giro ou na compra de máquinas e equipamentos", explicou. Ela informou que, desde 2011 mais de 60% de todas as operações foram feitas por mulheres. "Esta é uma prova contundente de como a mulher brasileira é guerreira e empreendedora, como sabe buscar o que quer", afirmou.
A presidente também citou o Pronatec, programa de formação profissional. Nele, seis em cada dez alunos são mulheres. "Unimos também o Pronatec ao Brasil Sem Miséria e, de quase um milhão de matrículas, mais de 650 mil foram feitas por mulheres. São mulheres que saem definitivamente da pobreza, aprendendo uma profissão", disse.
Dilma afirmou que mais da metade das bolsas do ProUni e do Financiamento Estudantil (FIES) tem sido concedida a mulheres. "Essa nova realidade explica porque as mulheres já são proprietárias de 44% das franquias do País. Explica também o grande crescimento da participação das mulheres na força de trabalho. Enquanto no início da década de 80 apenas 26% das mulheres trabalhava, hoje 50% delas estão ocupadas. Os números são muito bons, mas precisam melhorar muito mais", destacou a presidente.
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A presidente disse que o Brasil se destaca, no mundo, no apoio às mulheres socialmente vulneráveis. "Este é um segmento que meu governo vê com especial atenção, pois, quanto mais pobre a família, mais a mulher tem um papel central na estruturação do núcleo familiar", afirmou.
Por isso, segundo ela, 93% dos cartões do Bolsa Família têm a mulher como titular, e das 1 milhão e 600 mil casas já entregues pelo programa Minha Casa, Minha Vida, 52% estão no nome de mulheres.
Além disso, 72% das propriedades da reforma agrária são de mulheres. Dilma disse que o governo tem oferecido mais crédito e assistência técnica para as trabalhadoras rurais. "São mais mulheres produzindo alimentos, tomando decisões e conquistando autonomia. Fortalecemos, assim, o papel da mulher na família, na sociedade urbana e no mundo rural", afirmou.
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Segundo a presidente, essas novas oportunidades garantem maior autonomia e independência às mulheres e são decisivas para romper o ciclo de violência em que muitas delas ainda vivem. Dilma informou que o programa Mulher, viver sem violência está sendo implantado, com a criação de 26 casas que irão acolher e proteger as mulheres, colocando vários serviços em um mesmo lugar. "O lema dessas casas é coibir a violência e dar oportunidade às mulheres", explicou.
A presidente ainda destacou que das 36 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza nos últimos 11 anos, mais da metade são mulheres. Também são mulheres, segundo ela, mais da metade das 42 milhões de pessoas que alcançaram a classe média. Assim como foram as mulheres que preencheram mais da metade dos 4,5 milhões de empregos com carteira assinada criados nos últimos três anos.
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