Política

'Não teremos Eduardo Cunha como a prioridade do PSDB', diz Aécio

A decisão do partido foi anunciada na quarta (11), mas tomada já na terça-feira (10). O tucano voltou a defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/11/2015 às 16:41

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O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), saiu em defesa, na tarde desta quinta-feira (12), da decisão tomada pela bancada do partido na Câmara de se afastar do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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"Não teremos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como a prioridade do PSDB", afirmou o senador após se reunir com a bancada de deputados para tratar, oficialmente, das eleições municipais do ano que vem.

A decisão do PSDB foi anunciada na quarta (11), mas tomada já na terça-feira (10), quando a bancada de deputados se reuniu e tratou das justificativas dadas por Cunha acerca das contas no exterior em nome dele. Segundo participantes, houve diversas críticas às entrevistas concedidas pelo peemedebista.

O deputado Carlos Sampaio (SP), líder da bancada tucana na Câmara, também teria sido incisivo ao pedir aos membros do partido no Conselho de Ética, os deputados Betinho Gomes (PE) e Nelson Marchezan (RS), que "sejam duros e representem a indignação de toda a bancada".

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Aécio Neves saiu em defesa da decisão tomada pela bancada do partido na Câmara  (Foto: George Gianni)

"Num momento em que acusações chegam com provas, e explicações são frágeis, fizemos o que deveria ser feito. No afastamento, dizemos que não temos compromisso com erro. Cabe a Eduardo decidir quais serão suas alianças e de que forma encaminhará a questão do impeachment. Não limitaremos a nossa atuação política à questão do impeachment", afirmou Aécio, que foi consultado pelos líderes da sigla na Casa antes do anúncio oficial do rompimento com o peemedebista.

O tucano voltou a defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas avisou que a questão não vai limitar "a atuação política" do partido.

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"O que estamos fazendo agora, além das críticas, da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas. Vamos ao final deste ano, em dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas na área social".

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