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A Sete Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que não se considera como “empresa investigada pela Operação Lava Jato” e que, desde que foi deflagrado o caso, tem adotado as medidas internas. “Não há, até o momento, nenhuma acusação de existência de irregularidades ou existência de um ‘operador de propina’ nos contratos da Sete Brasil”, informa.
“Como vem esclarecendo desde o início do ano, a Sete Brasil informa que o ex-presidente e o ex-diretor citados por delações premiadas divulgadas pela imprensa não são mais executivos da Sete Brasil desde início de 2014, quando houve mudança da presidência e de toda diretoria da empresa.”
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A atual direção da Sete Brasil informou que auditorias externas iniciadas depois de maio de 2014, feitas em todos os contratos, chegaram à conclusão de que eles “estavam dentro da legalidade e com preços praticados pelo mercado”. A empresa informou ainda que está em curso um “plano de reestruturação”, autorizado pelos acionistas, para ser apresentado aos credores até o fim de junho. Os objetivos são: “reestruturação do atual passivo financeiro; a confirmação da dimensão dos projetos de investimento; estruturação e viabilização de fontes de financiamentos de longo prazo e capital próprio; e o fortalecimento e equacionamento da estrutura de capital da companhia, dando seguimento à construção das sondas, geração de empregos, desenvolvimento da indústria naval e garantia do conteúdo local para a exploração do pré-sal”. A empresa criou ainda um hotsite na internet para “dar transparência e esclarecer a todos como funciona e quais os rumos de um dos mais audaciosos projetos do Brasil”.
O ex-diretor Jorge Zelada negou que tivesse recebido propina. “Não. Não recebi propina.” Segundo ele, Pedro Barusco - delator da Lava Jato - foi seu “superior hierárquico no período de 2003 a 2007”. “Nossa relação era estritamente profissional. Não sei a que atribuir tais declarações inverídicas. Nunca conversamos sobre ‘propina’.” O ex-diretor de Internacional destacou ainda que não participou da contratação de sondas.
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Os ex-diretores Roberto Gonçalves e Guilherme Estrella não foram localizados para comentar o assunto. As empreiteiras do cartel, como a Odebrecht e Queiroz Galvão, negaram em outras ocasiões participação no esquema de propinas na Petrobrás envolvendo os estaleiros em que têm participação. Executivos de três integrantes do cartel - Camargo Corrêa, UTC e Setal - já fizeram ou negociam acordo de delação. Milton Pascowitch, Guilherme Esteves de Jesus, Zwi Skornicki, Ildefonso Colares e Rogério Araújo negam ser operadores. A Petrobrás não comenta o caso.