Política

MPs 664 e 665 ajudarão no resultado primário do governo, diz Barbosa

Segundo ele, a principal intenção do governo é corrigir distorções nos benefícios para garantir a sustentabilidade dos programa

Agência Brasil

Publicado em 09/04/2015 às 15:58

Atualizado em 21/11/2021 às 15:25

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira, 9, durante audiência pública, que as medidas provisórias 664 e 665, que mudam regras previdenciárias e trabalhistas vão ajudar no resultado primário do governo. Mas ressaltou que esse não é o objetivo central das novas regras.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Neste ano, vão ajudar no resultado fiscal, nos próximos anos vão ajudar em outras coisas", afirmou. Segundo ele, a principal intenção do governo é corrigir distorções nos benefícios para garantir a sustentabilidade dos programas. O ministro lembrou que as MPs trarão ganho de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos cinco anos, o que contabiliza R$ 18 bilhões ao ano.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Dilma diz que a Petrobras "já limpou o que tinha que limpar"

• Toffoli nega pedido de empreiteiro para anular delação de Youssef

• Aécio ironiza escolha de Temer e diz que Dilma fez "renúncia branca"

Barbosa disse que a regra anterior criava incentivos, em muitos casos, para o trabalhador provocar a própria demissão. "São medidas de adequação necessárias à nova realidade econômica e social do País. Colaboram para a situação fiscal, mas não são de ajuste fiscal", disse.

Seguro-desemprego

Continua depois da publicidade

O ministro afirmou que o pagamento de seguro-desemprego estava crescendo 17% ao ano. "Não é um crescimento sustentável", disse. Explicou que o salário mínimo e a renda do País cresceram, o que gerou distorção no programa do seguro. Para isso, o prazo de carência para solicitar o benefício aumentou. "Não é cancelar o acesso ao seguro-desemprego, é pedir que a pessoa tenha um tempo maior trabalhado", disse. "Fizemos pequenos ajustes para tornar sustentável". Ressaltou que ficam mantidos os valores e o número de parcelas que o beneficiário recebe.

Barbosa também afirmou que o aumento do salário mínimo é o principal motivo para as restrições ao pagamento do abono salarial. "Achamos adequado que o trabalhador que recebe até dois salários mínimos tenha de trabalhar seis meses para pedir o abono", disse. Antes da nova regra, era necessário trabalhar um mês para fazer o pedido. Outra mudança faz com que o pagamento seja proporcional ao tempo trabalhado e não integral. "São mudanças pontuais, trabalham uma maior justiça, pagando mais para quem permanece mais tempo no trabalho", afirmou. Segundo o ministro, as despesas com o abono salarial saltaram de R$ 1,8 bilhão em 2003 para R$ 15,9 bilhões em 2014.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software