Política
"No final do governo, é algo mais do que normal e lógico, e até mesmo uma gentileza com a presidenta, você colocar o cargo à disposição. Ela vai iniciar um novo governo. Ninguém é detentor de cargo"
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O ministro da Secretaria de Portos, César Borges, disse que vai colocar seu posto na Secretaria à disposição do governo. "No final do governo, é algo mais do que normal e lógico, e até mesmo uma gentileza com a presidenta, você colocar o cargo à disposição. Ela vai iniciar um novo governo. Ninguém é detentor de cargo. É uma medida salutar", disse o ministro, após participar de um evento realizado pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
"Eu estou colocando o meu cargo à disposição e meu pedido de demissão", comentou Borges, acrescentando que ainda não comunicou o governo formalmente sobre sua decisão. De acordo com o ministro, sua decisão já estava tomada antes de o chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, pedir a todos os ministros que entreguem suas cartas de demissão até o próximo dia 18. Ele evitou vincular a decisão de colocar o cargo à disposição ao pedido de Mercadante.
Há quatro meses no cargo, Borges ocupava antes o Ministério dos Transportes. Ele não confirma a sua intenção de permanecer no governo. "Não comento especulações. Essa é uma decisão que cabe à presidenta Dilma", disse.
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Desde que deixou a Pasta dos Transportes, Borges está sem partido, tendo abandonado a legenda do PR. "Eu pedi para sair do partido, não me senti mais à vontade", comentou. Perguntado sobre seu futuro político, disse que ainda não tem nenhuma posição. "Não estou em tratativa nenhuma. Quero cumprir minha tarefa no Executivo e depois vou definir a minha posição política."
O ministro também afastou a possibilidade de a Secretaria de Portos vir a se tornar um órgão do Ministério dos Transportes. Ao citar declarações recentes dadas pela presidente, Borges disse que as tarefas da Secretaria "não foram concluídas ainda" e que faltam medidas a serem tomadas para que o setor avance. No entanto, disse o ministro, nada está decidido. "Numa reforma ministerial, num início de governo, tudo isso é possível", declarou.