Política

Ministério Público denuncia mais quatro investigados na Lava Jato

Entre os denunciados estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/12/2014 às 15:13

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou hoje (15) à Justiça Federal em Curitiba mais quatro investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, pelos crimes de corrupção, lavagem de capitais e crime contra o sistema financeiro nacional. Na ação, os procuradores pedem o ressarcimento de R$ 296 milhões.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Entre os denunciados estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e Júlio Gerin de Almeida Camargo, diretor da Toyo Setal, um dos delatores do esquema de corrupção.

Na denúncia, o Ministério Público relata duas ocasiões em que Cerveró, Soares e Júlio Camargo acertaram o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.

Na primeira, o MPF afirma que houve pagamento de US$ 15 milhões, em 2008, para que a Petrobras contratasse um navio-sonda para ser utilizado na perfuração de petróleo em águas profundas na África. O valor do contrato era de US$ 586 milhões.

Continua depois da publicidade

Segundo a denúncia, após a confirmação de que a propina seria paga, Nestor Cerveró atuou para fechar o negócio com o estaleiro Samsung Heavy. Após o acerto, Fernando Soares recebeu os valores indevidos e repassou parte para Cerveró, diz o documento enviado à Justiça.

Alberto Youssef é o ex-diretor da área internacional da Petrobras (Foto: Divulgação)

Em 2009, os procuradores afirmam que foi acertado entre os três envolvidos o pagamento de propina de US$ 25 milhões para que outro navio-sonda com operação do estaleiro Samsung Heavy fosse contratado para operar no Golfo do México. O valor do contrato era de R$ 616 milhões.

Continua depois da publicidade

A defesa de Fernando Soares alega que o empresário nunca fez negócios ilícitos com a Petrobras. Cerveró afirmou em depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras que não recebeu propina e que desconhece qualquer esquema de corrupção na estatal. Júlio de Camargo foi um dos primeiros investigados a delatar os desvios na Petrobras.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou 36 pessoas investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software