Política

'Meu papel é não ter posição', diz Maia sobre denúncia contra Temer

A declaração foi dada em entrevista ao programa "Conexão Roberto D'Avila"

Folhapress

Publicado em 18/07/2017 às 16:00

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Maia colocou panos quentes na crise política enfrentada pelo governo e garantiu lealdade a Temer / Luis Macedo/Câmara dos Deputados

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"Meu papel como presidente da Câmara é não ter posição sobre esse assunto", disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao ser questionado sobre as denúncias contra o presidente Michel Temer. A declaração foi dada em entrevista ao programa "Conexão Roberto D'Avila", transmitido nesta segunda (17) à noite pela "Globonews".

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"Nesse momento tenho trabalhado diariamente para me colocar mais como presidente da Câmara do que aliado do governo", continuou.

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Maia colocou panos quentes na crise política enfrentada pelo governo e garantiu lealdade a Temer, negando articulações para substituí-lo. "Da minha parte não haverá movimento que prejudique Michel Temer. Dentro de casa sou cobrado todo dia a ser leal. Isso que tenho tentado fazer. O que me resta a não ser cobrar do meu partido lealdade?"

O presidente da Câmara ressaltou que a Casa tem um papel fundamental na estabilidade do país e que, por isso, precisa "tomar muito cuidado com as palavras". "Qualquer posição minha pode atrapalhar." Ele também criticou as "fofocas e intrigas" que circulam no Planalto. "O Palácio tem que falar menos, isso é uma coisa que atrapalha o governo. Muita gente falando em off."

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Maia também minimizou as trocas de parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça, orquestradas pelo governo para rejeitar o parecer do então relator Sergio Zveiter (PMDB), favorável à aceitação da denúncia. "Cada um dos parlamentares que não estava na comissão poderá votar no plenário", afirmou, ressaltando que o regimento permite a manobra.

Indagado sobre o fatiamento das denúncias contra Temer, Maia afirmou que o ideal para o Brasil era que houvesse apenas uma votação. "Mas a decisão foi essa e não estou aqui para fazer críticas a outras instituições."

DELAÇÃO DA ODEBRECHT

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Alvo de dois inquéritos no STF resultantes das colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht na Lava Jato, Maia disse que fará a defesa quando for chamado e que provará a própria inocência. "É importante que o inquérito avance para mostrar que não existem provas em relação ao que foi dito", afirmou.

SISTEMA ELEITORAL

O presidente da Câmara disse que o sistema eleitoral brasileiro faliu e precisa ser renovado. "Não defendo apenas o fim das coligações e a cláusula de desempenho. É pouco. O sistema que tentamos colocar é o distrital misto."

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REFORMAS

Maia defendeu a reforma trabalhista e afirmou que o modelo anterior "falava em proteção, mas gerava desemprego". Ele também disse que a reforma da previdência é fundamental. "O deficit é tão brutal e crescente que vai chegar o momento que ou a inflação vai voltar muito forte ou o governo não vai ter dinheiro para pagar a aposentadoria."

"Estamos reduzindo os privilégios dos que ganham muito para que o trabalhador simples possa ter certeza de que vai receber sua aposentadoria no futuro", concluiu.

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