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A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou hoje (7) “graves” as acusações de que um agente do serviço secreto germânico fez espionagem para os Estados Unidos, exigindo um esclarecimento rápido por parte de Washington.
Merkel falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em Pequim, no quadro da sua visita à China, a sétima desde que chegou ao poder em 2005.
“Se as informações estiverem corretas, trata-se de um caso grave”, afirmou Merkel, realçando que, a se confirmarem as suspeitas em torno do duplo agente, isso significa “uma clara contradição” face àquilo que considerou ser uma cooperação de confiança entre agências e parceiros.
Na sexta-feira, o jornal diário Süddeutsche Zeitung, as radiotelevisões regionais NDR, WDR e a agência alemã DPA avançaram com a notícia da detenção de um colaborador dos serviços secretos da Alemanha por suspeita de ter espionado para os Estados Unidos.
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No dia anterior, o procurador-geral federal anunciou a detenção de um alemão de 31 anos, acusado de espionagem para um serviço estrangeiro, mas não tinha precisado para que serviço o suspeito poderia estar trabalhando.
Durante os interrogatórios, o colaborador dos serviços secretos alemães confessou ter fornecido informações a um serviço secreto norte-americano, segundo a NDR.
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As relações entre os Estados Unidos e a Alemanha ficaram mais tensas depois das revelações feitas pelo ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden sobre um vasto programa de espionagem que visava, em grande parte, à Alemanha, incluindo o telefone de Angela Merkel.
A Alemanha é particularmente sensível a questões de espionagem no seu próprio território, já que é um país que ficou marcado pelas ações da Stasi, a polícia secreta da antiga República Democrática da Alemanha (a Alemanha Oriental, comunista), que espionava os seus cidadãos.