Política
O ministro-chefe da Casa Civil acrescentou que os primeiros meses de 2015 estão sendo dedicados aos ajustes necessários para a recomposição da economia do país
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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (19) que as promessas de campanha da presidenta Dilma Rousseff tem um horizonte de quatro anos, tempo de duração do mandato e, portanto, não dá para ter como referência o início do governo. Ele acrescentou que os primeiros meses de 2015 estão sendo dedicados aos ajustes necessários para a recomposição da economia do país.
“As pessoas precisam entender que o discurso [eleitoral] é para quatro anos e não para os primeiros dois meses de governo. Precisamos de ajuste fiscal e quanto mais rápido isso for feito, mais rápido sairemos da situação. Teremos de reorganizar as contas públicas. Isso traz um pouco de sacrifício para todos. Mas faz parte [das ações], inclusive, cortar da própria carne do governo”, disse o ministro após receber homenagens em cerimônia na Embaixada da Espanha, em Brasília.
Segundo ele, as recentes manifestações demonstram um sentimento que é presente tanto na presidenta como nos manifestantes. “É a importância do combate à corrupção. Isso está sendo implementado de forma implacável, como nunca aconteceu no Brasil”. Mercadante destacou as medidas anunciadas ontem, pela presidenta, de combate ao caixa dois e o confisco de bens, como forma de punição aos servidores que não justificam patrimônio e renda.
“Já vivemos muitos momentos difíceis ao longo desses 12 anos. No governo Dilma também. Em 2013, tivemos grandes manifestações e a leitura dos jornais foi mais ou menos semelhante às de hoje. Na época, a presidenta ouviu as reivindicações e, depois, venceu as eleições após termos desenhado pactos e dado respostas”, ressaltou o ministro.
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Ainda sobre as manifestações, Mercadante disse que elas são em parte explicadas pelas eleições “polarizadas e muito disputadas” de 2014. “Depois de 12 anos e de quatro derrotas seguidas da oposição, tivemos um clima de terceiro turno. Houve até questionamentos à urna eletrônica. O curioso é que isso foi apenas para a eleição presidencial, não sendo dirigidas a governadores, Congresso Nacional, nem deputados estaduais. Houve, também, questionamento sobre as contas eleitorais. Tudo isso faz parte da disputas eleitorais”.
Perguntado sobre a desvalorização do Real, o ministro disse que a moeda esteve sobrevalorizada durante muito tempo. A seu ver, isso impactou a indústria, que teve um déficit comercial ano em transações correntes, em 2014, da ordem der US$ 100 bilhões. “Essa desvalorização aumenta nossa competitividade e os investimentos externos. Além disso ajuda nas exportações de commodities”, disse ele.
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