Política

Marta Suplicy diz que Levy não tem culpa do 'pecado original' do governo

Segundo a ex-petista, os responsáveis pela situação do País são a presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro da pasta Guido Mantega e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/06/2015 às 18:20

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A senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) classificou como "manobra diversionista" transformar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Judas e culpá-lo pela atual crise econômica. Segundo a ex-petista, os responsáveis pela situação pela qual passa o País são a presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro da pasta Guido Mantega e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

"Colocar agora o Levy, que jamais fez parte desse trio que levou o País à situação em que está, no poste de Judas ou na cruz de Cristo, é praticar uma clássica manobra diversionista", disse. Segundo Marta, Levy não "tem a mínima culpa pelo pecado original do governo" e não merece a "comparação a um traidor, nem a um mártir".

"Ele apenas atendeu a um convite de Dilma, que levou semanas a fio até entender a importância de contar com um economista do gabarito dele, para consertar os malfeitos cometidos pela própria presidente e seus áulicos", disse a senadora.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Dilma afirmou que as críticas a Levy por causa do pacote de ajuste fiscal eram injustas e que esperava que o PT não o transformasse em "Judas" durante o 5º Congresso da sigla, que começa na quinta-feira, 11. Em seguida, o vice-presidente Michel Temer disse que o ministro deveria ser tratado como "Jesus Cristo" devido aos sacrifícios que tem feito para reequilibrar as contas públicas.

Marta Suplicy afirmou que Joaquim Levy não tem culpa do 'pecado original' do governo (Foto: Agência Brasil)

Segundo a senadora, ao fazer essas declarações, os ocupantes do Palácio do Planalto tentam transferir a responsabilidade para Levy do que está acontecendo na economia, que tem apresentado baixos índices de crescimento, inflação alta e aumento da taxa de desemprego. "O inevitável estouro das contas públicas não foi obra do Espírito Santo e nem de Judas, mas de pessoas de carne e osso", afirmou.

Marta se desfiliou do PT em abril fazendo duras críticas ao partido e ao governo. Em novembro do ano passado, quando deixou o Ministério da Cultura, a senadora disse, em carta, que esperava que Dilma escolhesse uma equipe econômica independente e experiente para resgatar a credibilidade do governo. O nome de Levy foi indicado pela presidente no final daquele mês.

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