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Em encontro na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse que, se eleita, não permitirá que os bancos públicos passem pela mesma situação que vive a maior estatal brasileira. "Não permitiremos que se façam com os bancos públicos o que fizeram com a Petrobras", declarou.
Marina criticou o "aparelhamento" do Estado e citou as agências reguladoras. Para ela, a sua adversária do PT, Dilma Rousseff, não apresentou um programa de governo porque está comprometida com grupos políticos, que por sua vez, diz, fazem a indicação dos diretores das agências. "Ela não poderá dizer que os critérios (para indicações) serão técnicos", afirmou.
Em seu discurso, Marina voltou a falar da Petrobras e disse que, ao não ter um plano de governo, Dilma na verdade não pode dizer a Renan Calheiros (presidente do Senado - PMDB) "que ele não poderá mandar na Petrobras". Marina também disse que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa era homem de confiança de Dilma e Lula.
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Banco Central
Marina repetiu a defesa da autonomia do Banco Central e enfatizou que sua proposta é para proteger as finanças do País. Ela reclamou pela segunda vez na noite de que é vítima de inverdades divulgadas por seus adversários. A uma plateia de empresários, a candidata disse que não fará com Dilma o que a presidente tem feito com ela. "Vou tratá-la com respeito", disse a ex-senadora, lembrando que aprendeu com sua vó que não se deve cuspir no prato em que se comeu.
Para a candidata, seus antigos companheiros de PT a apunhalam pelas costas com as mesmas mentiras utilizadas por Fernando Collor de Mello na eleição 1989, quando disputou a Presidência com Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-senadora disse que é vítima do mesmo punhal enferrujado utilizado por Collor, mas que ela já tomou uma vacina contra o tétano: "chama-se povo brasileiro", brincou.
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Na avaliação da candidata, "não vale tudo para ganhar a eleição". Ela enfatizou que não adotará um tom destruidor contra seus adversários Aécio Neves e Dilma Rousseff. "Ganhar um governo em cima da mentira não é o melhor alicerce para se fazer o bem", concluiu.