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O secretário nacional do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis) do PSB, Luciano Freitas, admitiu a dificuldade de convencer esse eleitorado a votar numa chapa composta pela vice Marina Silva, que é evangélica. Freitas afirmou que o grupo tem "receio" de alguns posicionamentos da vice de Eduardo Campos. "Por mais que tenhamos receio em relação a algumas falas dela que venham causar constrangimentos, dentro da composição do partido ela não tem voz majoritária", disse o dirigente.
Freitas informou que o programa de governo do candidato à Presidência da República trará propostas contemplando o setor. O programa deve ser lançado em meados de julho e as propostas para o segmento LGBT devem integrar o capítulo "Cidadania e Identidade" - que abrange sugestões para juventude, mulheres, negros, movimentos populares, comunidades indígenas e setor sindical. O grupo pediu que a campanha faça uma defesa aberta do projeto de lei que criminaliza a homofobia.
O dirigente lembrou que Marina é contrária à união religiosa de casais homoafetivos, mas que reconhece o direito à união civil. Ele negou que o fato de Marina ser adepta da Assembleia de Deus cause constrangimentos e ressaltou que a Rede Sustentabilidade, sigla em formação liderada por Marina, não é em sua maioria evangélica. "Mesmo que ela possa tensionar no sentido de ser contrária a algumas políticas feministas e LGBT, ela está dentro de uma composição que ela terá de respeitar", enfatizou.
Para Freitas, a liderança de Campos prevalecerá sobre opiniões conservadoras relacionadas às bandeiras feministas e de militantes da causa LGBT. "Nós temos um certo receio em relação aos posicionamentos dela (Marina), mas a gente tem confiança em duas coisas: que o partido dela é formado por intelectuais e militantes da área de Direitos Humanos e ela está dentro de uma chapa que tem proposta clara em relação aos homossexuais", disse.
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