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O governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira, 13, em Olinda (PE), que Marina Silva não decidirá sozinha os nomes dos candidatos da aliança a governador de São Paulo e do Rio de Janeiro e rebateu os rumores de crise entre seu partido e a Rede Sustentabilidade, por conta das divergência entre as legendas em alguns Estados.
"Marina vai decidir junto conosco todos os Estados que a gente vai discutir", disse Campos. "Em alguns, a gente vai conseguir aquilo que deseja, em outros lugares vamos ter um quadro que já está dado, que vem de uma dinâmica própria", declarou. "Ninguém aqui está para impor à Rede, e nem a Rede tem nenhum espírito de nos impor absolutamente nada", afirmou o governador.
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Segundo ele, a prioridade no momento é o "debate nacional" - ou seja, a sua candidatura à Presidência. E para quem aposta em crise, Campos aconselhou: "Quem está torcendo para dar errado aposte barato, porque se apostar caro vai perder muito", disse.
Para o pré-candidato do PSB, não há "nenhum fato concreto" que confirme uma crise entre os partidos. "É só espuma, não tem objetividade (...), não há uma palavra de Marina que seja diferente da palavra que eu tenho colocado", afirmou. "Agora, há um desejo de que essas coisas não deem certo. E desejo é assim. Tem muita gente que deseja muita coisa e não consegue. Não vão conseguir esse, por exemplo", declarou.
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Campos também atacou as críticas de aliados feitas nos bastidores e divulgadas em "off" (sem citar a fonte) pela imprensa. "Não posso considerar o que é 'off', só considero o 'on'", disse ele. "Cadê o 'off'?", questionou. "Todas essas teses vêm sendo derrubadas uma atrás da outra", declarou.
Sem citar nomes e em tom de ironia, o governador afirmou ainda considerar "natural" que "aqueles que ficaram surpresos, para usar uma palavra bem amena, com a aliança, começassem a desenvolver teses. Isso é da própria disputa", disse ele.
Nas contas de Campos, que também é presidente nacional do PSB, as duas legendas estão em sintonia sobre as candidaturas em cerca de 20 Estados. "Onde tem ainda debate, esse debate vai seguir até a gente conseguir consolidar as diretrizes do programa, consolidar o debate sobre as políticas de aliança para que isso se dê dentro de uma estratégia que coloque em primeiro lugar o projeto nacional", afirmou. "Nós não podemos colocar em primeiro lugar o Estado A, B ou C ", avisou.
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Para o socialista, a aliança PSB-Rede "tem muito menos" dificuldades que as adversárias nos Estados. Segundo ele, os problemas da coligação governista "enchem uns dez cadernos de jornal, umas cinquenta telas (de projeção)", enquanto a sua tem, "sobretudo, a disposição de resolvê-los".
"No projeto nacional, onde der para ir todo mundo , vamos juntos. Onde for impossível ir junto, a gente vai, preservando o projeto nacional. Cada partido com sua identidade, fazendo a sua aliança", declarou Campos.