Política

Marina diz que anúncio sobre apoio será feito após 'consenso'

A ex-ministra do Meio Ambiente também não quer assumir a sua posição publicamente antes de discutir o assunto com integrantes da Rede Sustentabilidade

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/10/2014 às 22:34

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Terceira colocada na votação de 1.º turno da eleição Presidencial, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB) divulgou ontem uma nota dizendo que o anúncio sobre seu apoio na segunda etapa da disputa, previsto para amanhã, será feito em conjunto com a coligação com quem manteve parceria até agora. "Marina Silva e as demais lideranças dos partidos aliados participarão de encontro para construir um posicionamento comum da coligação sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República", diz texto divulgado ontem no site oficial da candidata derrotada.

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A nota oficial afirma ainda que as declarações de dirigentes e partidos que formaram a sua coligação "não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata" ao Planalto.

Apesar de ainda não ter dado declarações oficiais e ainda manter certo mistério sobre seu futuro político, Marina já decidiu pelo apoio ao tucano Aécio Neves. Tenta agora construir o que chama de "aliança programática" com os adversários do primeiro turno para que o acordo não pareça apenas um acerto de conveniência política. A ideia é criar convergências das propostas dela com as do tucano, pedindo pequenas alterações no plano de governo de Aécio.

Marina também não quer assumir a sua posição publicamente antes de discutir o assunto com integrantes da Rede Sustentabilidade, partido que tentou criar no ano passado. A primeira reunião, com membros da Executiva, não havia encerrado até o fechamento desta edição. Outra agenda mais ampla está marcada para hoje.

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Rede. No domingo, após o resultado das eleições, Marina discutiu o assunto com os representantes da sua coligação. Ela afirmou que não poderia declarar o apoio ao tucano sem "consultar a base" da Rede, e sustentou que o alinhamento não poderia ser automático, sem que fosse feita uma discussão programática.

O pronunciamento no domingo, porém, já foi entendido como um aceno a Aécio. Na ocasião, ela disse que os brasileiros mostraram nas urnas um sentimento de mudança e deu a entender que não ficaria neutra, como fez após o pleito de 2010, quando também terminou a disputa presidencial em terceiro lugar.

Marina Silva, em nota, disse que o anúncio sobre o seu apoio será feito após 'consenso' (Foto: Msilva Online)

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Apesar de aliados mais próximos endossarem a aliança com o PSDB, o apoio ao tucano não é consenso na Rede, especialmente na ala mais jovem do grupo.

O mesmo aconteceu no ano passado quando ela decidiu entrar para o PSB e apoiar a candidatura à Presidência de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto.

A ex-ministra vai procurar, como fez na época, convencê-los, numa tentativa de chegar ao que chama de "consenso progressivo". Em outra nota divulgada ontem, a Rede afirmou que Marina está se dedicando "a ouvir e dialogar com seus pares para que, juntos, possam chegar a um consenso sobre qual posição tomar diante do cenário nacional".

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Pernambuco

Ontem uma comissão do PSB pernambucano liderada pelo governador eleito, Paulo Câmara, esteve em São Paulo para conversar com Marina. Após consultar a viúva de Campos, Renata, o grupo definiu que irá defender que a sigla apoie Aécio. O PSB convocou uma reunião para hoje para definir que caminho tomar.

Apesar de Marina ter sido ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e filiada ao PT por mais de 20 anos, o apoio à reeleição de Dilma Rousseff foi descartado após a onda de ataques que ela sofreu na campanha.

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