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Pré-candidata à vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva criticou nesta terça-feira, 17, a ação da PM de Pernambuco. Ela classificou o ato como "arbitrário" e afirmou que a situação poderia ter sido resolvida com "diálogo".
"Sempre defendemos o diálogo que vinha ocorrendo entre os integrantes do movimento (Ocupe Estelita), Prefeitura do Recife, governo do Estado e Ministério Público, processo que definiria em comum acordo qual a melhor destinação da área. O pedido de reintegração de posse expedido pela Justiça e executado nesta terça-feira poderia ter seguido o mesmo princípio do diálogo, em vez de terminar com uma desocupação arbitrária. A ação violenta da polícia é inaceitável, desnecessária e está em desacordo com todo o processo que vinha sendo construído nas últimas semanas", escreveu a ex-ministra no Facebook.
Enquanto Marina registrava a crítica, Campos, que deixou o governo de Pernambuco em abril para disputar a Presidência, assistia ao jogo do Brasil na casa do deputado e colega de partido Romário. O pré-candidato não fez comentários nas redes sociais e evitou postar foto ao lado do ex-jogador, apesar de imagens terem sido divulgadas para a imprensa.
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Em maio, no meio da greve de PMs em Pernambuco, Campos publicou uma foto em seu Facebook em que aparecia em um jatinho ao lado da mulher. Logo em seguida, ele começou a ser bombardeado por seguidores por não estar no Estado em momento tão delicado. A imagem foi apagada minutos depois e o pré-candidato divulgou uma nota fazendo uma defesa do seu governo na área da segurança.
Ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier também criticou a ação desta terça. "O Novo Recife tem de ser o Recife do diálogo e da resistência democrática! É inaceitável o movimento #OcupeEstelita ser tratado como caso de polícia!", afirmou pelo Facebook. Aliado de Marina, ele deixou a administração estadual para ajudar na coordenação da campanha da dupla.