Continua depois da publicidade
Derrotada no 1.º turno das eleições presidenciais, Marina Silva (PSB) avaliou neste domingo, 26, que "saiu maior" do processo político deste ano. Após votar no Acre, ela evitou fazer comentários sobre o seu futuro político, limitando-se a afirmar que pretende voltar a se dedicar à militância socioambiental.
"Eu sou uma pessoa que, assim que termina uma eleição, volto para as minhas causas. Não fico na cadeira cativa de candidata. A política para mim é um ideal. Faço política lutando para que o Brasil seja melhor, para que o mundo seja melhor. Agora eu volto para a minha militância socioambiental de cabeça erguida. O Brasil me deu 22 milhões de votos, saímos maiores do que em 2010."
Naquele ano, a ex-ministra disputou a Presidência pelo PV e surpreendeu ao terminar a eleição em terceiro lugar, com cerca de 20 milhões de votos. Imediatamente, tornou-se nome natural para a disputa deste ano. Para viabilizar a sua candidatura, tentou criar um novo partido, a Rede Sustentabilidade, mas não conseguiu registrá-lo na Justiça Eleitoral.
Decidiu, então, entrar para o PSB e apoiar Eduardo Campos na corrida presidencial. Com a morte do companheiro de chapa, em agosto, virou candidata com ares de favorita, mas os adversários minaram suas chances.
Continua depois da publicidade
Mesmo fora do 2.º turno, ela continuou influenciando o processo ao decidir apoiar o tucano Aécio Neves. A aliança não foi o suficiente para fazer o candidato do PSDB chegar ao poder.
Apesar de não ter se colocado ontem como um nome para a disputa de 2018, Marina vai retomar o projeto de criar a Rede. Segundo Walter Feldman, que coordenou a campanha da ex-ministra, haverá reunião esta semana para discutir o futuro da sigla.
Continua depois da publicidade
A ideia dos marineiros é voltar a coletar assinaturas para conseguir o registro da Rede ainda no primeiro semestre de 2015. Com a derrota de Aécio, o grupo deve manter uma postura de independência em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff.
União
Antes de saber quem venceria a eleição, a ex-ministra afirmou que o escolhido teria de se empenhar para evitar a divisão do País após a campanha mais acirrada desde o pleito de 1989. "Independentemente do resultado, é fundamental que depois das eleições haja uma postura de unir o Brasil, de evitar que o nosso País seja dividido entre Norte, Nordeste, Sul e Sudeste", disse.
Continua depois da publicidade
Marina defendeu uma "gestão eficiente" para que o País volte a crescer. "Estamos com inflação alta, crescimento baixo, juros que são altíssimos e uma situação de baixos investimentos ameaçando o emprego e salário dos trabalhadores", disse.