Política

Marco Aurélio Mello reclama de demora para indicação do novo ministro do STF

Ao defender que a nomeação saia logo, o ministro reclama de que a demora faz com que a carga de trabalho fique maior para cada magistrado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/12/2014 às 17:20

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello aproveitou a última sessão plenária do ano da Corte para cobrar a presidente Dilma Rousseff pela indicação do ministro substituto de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho deste ano.

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"Tarda o preenchimento da 11ª cadeira. Passamos o segundo semestre com apenas dez ministros. O leigo acredita que é muito difícil substituir Joaquim Barbosa", comentou ao final da sessão.

Ao defender que a nomeação saia logo, o ministro reclama de que a demora faz com que a carga de trabalho fique maior para cada magistrado. "E que a presidente da República seja muito feliz na escolha. Espero que venha alguém que reconhece a envergadura da cadeira. Nada gratifica mais do que servir. A cadeira no Supremo não é para fazer currículo. Esse currículo já deve existir anteriormente", defendeu.

A indicação só deve acontecer no próximo ano, e depende da presidente Dilma Rousseff. Para que o novo ministro tome posse, é necessário antes passar pelo crivo do Congresso, que só retomará as atividades em fevereiro de 2015, quando tem início a nova legislatura.

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Já o presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, aproveitou sua fala no encerramento do ano do Judiciário para dizer que a Corte conseguiu reduzir o número de acervo de processos de 67.053, em 2013, para 56.053 este ano.

Marco Aurélio Mello cobrou a presidente Dilma Rousseff pela indicação do substituto de Joaquim Barbosa (Foto: Agência Brasil)

"Embora tenha havido, em relação ao ano passado, um acréscimo no número de processos novos da ordem de 8,36%, o acervo global sofreu uma diminuição da ordem de 16,40%", comentou.

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Assim como fez o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que em seu discurso ao fim da sessão defendeu o aumento dos salários para os funcionários do Ministério Público, Lewandoswki defendeu vencimentos mais elevados para os servidores da Corte.

"Esforços contínuos durante todo o ano foram feitos para valorizar os planos de carreira dos servidores. O que infelizmente não se concretizou ao final desta legislatura. Seguiremos comprometidos em continuar tentando a todo custo junto aos poderes Legislativo e especialmente ao Executivo valorização dos vencimentos", disse.

Na última quarta-feira, 17, o Congresso Nacional aprovou reajustes dos salários de parlamentares, dos ministros do Supremo e do procurador-geral da República. Com isso, todos passarão a ganhar R$ 33,7 mil mensais a partir do ano que vem. O valor ficou abaixo do reivindicado pelos ministros, que querem elevar os vencimentos em 22%, passando para R$ 35,9 mil.

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