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Eleito deputado federal no último dia 5 com 30.315 votos, o atual presidente da Câmara de Guarujá, Marcelo Squassoni (PRB), acertou ao prever, em entrevista ao Diário do Litoral quando anunciou sua pré-candidatura à Câmara dos Deputados, que seu partido era o sonho de todos os pré-candidatos. “O Celso (Russomano) deverá ter mais de um milhão de votos e isso deverá ajudar os demais candidatos do partido em outubro próximo”. Em nova entrevista na última quarta-feira (8) e já vislumbrando seus primeiros passos como deputado, Squassoni foi taxativo: “vou lutar para acabar com o laudêmio”.
Diário do Litoral – Mas, a secretária da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) , Cassandra Maroni, disse recentemente que o laudêmio é necessário.
Squassoni – Vou apresentar um projeto. O laudêmio é retrógrado, não serve para absolutamente nada. O que se arrecada com o laudêmio é o mínimo diante do tamanho da máquina que tem que trabalhar para arrecadar o tributo. Uma multa da receita federal em uma grande empresa é maior que o que se arrecada com laudêmio durante um ano no País.
DL – O senhor trabalhou na SPU.
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Squassoni – Por isso mesmo que afirmo isso. Esse tributo é injusto e você paga toda vez que vende o imóvel. Outra coisa: é preciso acabar com a taxa de ocupação imposta no litoral e o aforamento anual. Isso é bitributação. Além delas, você paga IPTU. Isso tudo está errado e é preciso ser mudado.
DL – Como o senhor vai atuar na Região?
Squassoni – Já estou atuando. Estou visitando todas as câmaras para ouvir dos vereadores quais as principais reivindicações da cidade. Já estive em Bertioga. Meu gabinete será uma extensão dos legislativos. É preciso, por exemplo, diminuir o desequilíbrio entre Santos e demais municípios da Baixada. Também já conversei por telefone com o Papa e com o Beto Mansur, para trabalharmos em conjunto pela Região.
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DL – Você pretende tirar do papel a região metropolitana?
Squassoni – Mobilidade urbana é importante e tem que ser regional. Estacionamento retroportuário também precisa ser analisado de forma metropolitana. Mas vou trabalhar em âmbito nacional com relação à reforma política e o voto distrital. Cada voto de pessoas de fora é uma emenda a menos para a Baixada. Também sou a favor da redução da maioridade penal. Um jovem de 16 anos tem que ser responsabilizado quando mata e estupra. Tem que cumprir pena, mesmo que seja de forma diferenciada.
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DL – Você vai lutar para que Guarujá tenha o ônus do Porto e não só Santos?
Squassoni – Temos que falar Porto de Santos e Porto de Guarujá. Cada um tem sua importância. Ambos precisam ser mais competitivos, ter melhores tarifas e diminuir o Custo Brasil. Guarujá perde muitos impostos do Porto e é preciso ganhar uma alfândega para equilibrar os municípios.
DL – E com relação à inércia do Estado e de Guarujá com a questão da proibição de entrar nas praias do Rabo do Dragão pelos condomínios de luxo?
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Squassoni – A entrada não pode ser proibida, mas é preciso ver sob o ponto de vista de segurança. É possível identificar sem constranger, sem discriminar. O ex-deputado Evandro Mesquita, por exemplo, precisa facilitar o acesso da população da Prainha Branca. Nesses casos eu pretendo agir.
DL – Muita verba federal é utilizada para construir equipamentos públicos na área da saúde e, no entanto, a mão de obra, que cabe ao município, nunca é suficiente.
Squassoni – Os médicos em geral acreditam que são mais importantes que outros profissionais e que devem ganhar mais também. E as pessoas acabam aceitando isso e tolerando quando não os encontram nos postos de trabalho. Se ele (médico) quer ser servidor público, tem que cumprir o expediente. Há um corporativismo que precisa ser enfrentado com controle tecnológico.
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