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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou nesta segunda-feira, 30, a reunião que teve pela manhã com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo o ministro, não há medidas previstas para o setor e assim como no caso do setor automobilístico a expectativa é de um segundo semestre melhor.
"Avaliamos a situação desse primeiro semestre e temos um desempenho moderado", disse. Segundo o ministro, os dados apontam para um crescimento do varejo próximo de 5,4% em maio ante o mesmo mês do ano passado e uma das razões para esse desempenho foi a inflação, "que já está superada".
Mantega disse ainda que a queda da confiança do consumidor e a diminuição de dias úteis por conta da Copa do Mundo também prejudicaram um pouco o varejo no primeiro semestre. "Comparado com ano passado tivemos desempenho semelhante", disse. "No ano passado, a turbulência do Fed também impactou as vendas do varejo", completou, referindo-se que ao fato de que em maio de 2013 o banco central norte-americano sinalizou que iria reduzir os estímulos à economia dos Estados Unidos ao diminuir as compras mensais de bônus, à ocasião em US$ 85 bilhões.
O ministro disse ainda que a confiança do consumidor tem melhorado no último mês "com a queda da inflação" e que nesse caso a Copa pode ser positiva. "O sucesso dessa Copa vai influenciar a confiança, se já não influenciou", disse. "Muitos analistas previram o fracasso da Copa, o que não se confirmou; o consumidor está animado", completou.
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Mantega afirmou que o nível de inadimplência, "que é o mais baixo dos últimos tempos", mostra que o consumidor tem condições de aumentar suas compras. "Poderemos ter um segundo semestre semelhante ao do ano passado", afirmou. "Com inadimplência mais baixa, após a Copa, teremos um segundo semestre melhor para varejo", completou.
Déficit do setor público
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Perguntado se o déficit fiscal do setor público consolidado acima de R$ 11 bilhões não o havia surpreendido, ele disse que não. "Não me surpreendeu porque eu já o conhecia", afirmou o ministro. De acordo com ele, o saldo foi negativo em maio, mas em abril foi forte. "Um mês pelo outro, o primário está em linha com o esperado para o ano", disse Mantega.
Setor elétrico
Mantega negou que o governo estude novos aportes ao setor elétrico. "Não estamos considerando novo aporte para as distribuidoras de energia elétrica, as medidas foram suficientes", disse.
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Segundo Mantega, o setor de energia já está se normalizando, apesar dos problemas com a seca. "Estamos tendo uma regularização", disse. "O preço da energia já está caindo. O setor caminha para uma regularidade", reforçou.
Matéria publicada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, hoje mostra que as distribuidoras de energia elétrica estão preparando um pedido de reajuste extraordinário nas tarifas neste ano. O Broadcast apurou que a maioria das distribuidoras já tem prontos os pedidos para apresentação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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