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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a expectativa para o crescimento da economia brasileira é positiva para 2013, com a melhora do cenário internacional. Segundo ele, a previsão é que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja de 3,5% neste ano e de 4,1% no ano que vem, "melhor do que em 2012, que foi ruim".
O ministro avaliou que a passagem entre 2012 e 2013 foi marcada por um gradual crescimento, cenário que vai perdurar. "O investimento voltou a crescer; entre janeiro e fevereiro houve bom desempenho. A absorção de bens de capital cresceu 8,5% no trimestre, o que mostra que o investimento vai continuar a crescer em 2013."
Mantega reafirmou que depois que a crise acabar, os países serão mais competitivos e citou os investimentos do Brasil necessários para ampliar a competitividade. "No Brasil temos desvantagem, que é atraso na infraestrutura", disse o ministro, dando como exemplo os investimentos feitos na China. "A diferença entre Brasil e a China é que a China faz investimentos e não tem demanda. E eu não quero criticar o programa da China, que é certo", afirmou.
O ministro citou ainda ações de desoneração e incentivo ao setor industrial, como a que trouxe o aumento na produção de veículos no Brasil e ponderou: "o aumento de produção de carro requer investimentos em estradas e o governo vai garantir que concessões sejam de rentabilidade para investidores", afirmou Mantega, que participa nesta sexta-feira do seminário Rumos da Economia - Nosso Modelo de Crescimento, em São Paulo.
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Cenário global
O ministro também falou sobre a melhora gradual da economia mundial, que "ocorre principalmente por conta da economia americana, que segue melhor que a europeia". Para ele, a zona do euro "segue deprimida, com crescimento abaixo de zero e não deveremos esperar estímulo para a economia proveniente da região". Já a China, segundo ele, seguirá com um crescimento de 7,5% neste ano.
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Mantega disse também que as medidas de afrouxamento monetário adotadas pelo novo governo do Japão "devem levar a uma dinamização da economia local". Ele classificou as medidas como uma política monetária altamente expansionista, "um quantitative easing semelhante ao americano", para criar inflação, de acordo com ele. "Tem gente querendo criar e tem gente querendo combater a inflação", brincou o ministro, numa referência ao fato de o governo brasileiro buscar uma queda da inflação.
Mantega elogiou a ação do governo japonês e avaliou que o objetivo do afrouxamento visa irrigar a economia com ativos financeiros e tentar movimentá-la, com as taxas de juros mais baixas.
"A diferença em relação ao quantitative easing americano é que a ação do Japão é complementar política monetária com fiscal, com estímulos aos investimentos", disse. "Política monetária isoladamente não necessariamente leva a uma recuperação econômica e os Estados Unidos tiveram dificuldades para estímulos fiscais", completou.
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